Pastor evangélico é suspeito de se apropriar de aposentadoria da mãe, em Palmeiras de Goiás
Um pastor evangélico é suspeito de usar o dinheiro da aposentadoria da mãe, de 90…
Um pastor evangélico é suspeito de usar o dinheiro da aposentadoria da mãe, de 90 anos, e de um irmão com problemas de saúde para outras finalidades em Palmeiras de Goiás, a 93 km da capital. Antônio Ferreira de Mesquita, de 62 anos, chegou a ser preso, mas responderá em liberdade.
De acordo com a Polícia Civil (PC), a mãe recebe uma aposentadoria de dois salários mínimos. Já o irmão, que sofre de epilepsia, recebe o benefício de prestação continuada no valor de um salário mínimo. O pastor teria se apropriado dos cartões das vítimas enquanto eles passavam dificuldades.
O delegado responsável pelo caso, Bernardo Comunale, confirmou a denúncia foi feita por um irmão de Antônio. Quando a Polícia Civil (PC) chegou na residência da mãe, encontrou o local sem alimentos e em péssimas condições de higiene. “A situação na qual encontramos a casa não condizia com a renda da família, que é de R$ 3 mil”, disse o delegado.
Mãe e irmão do suspeito foram levados ao pronto socorro da cidade. Lá os médicos confirmaram à PC que a idosa não se alimentava corretamente há muito tempo. “Ela está privada de proteína. Foi confirmado que o nível de desnutrição não acontece do dia para a noite, leva muito tempo para ficar assim”, disse Bernardo.
Em liberdade
Antônio confirmou que gerenciava os benefícios das vítimas e foi preso em flagrante. O delegado conta que, durante o depoimento, o suspeito disse que usa todo o dinheiro dos benefícios para cuidar da mãe e do irmão.
Antônio foi liberado por não ter antecedentes criminais e por ter residência fixa. A PC informou que as investigações continuam com a intimação de novas testemunhas e que o inquérito deve ser finalizado nem uma semana.
Antônio responderá pelo artigo 102 do Estatuto do Idoso (apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade). Se condenado, pode pegar de um a quatro anos de prisão.