PC apreende mais de 3,5 toneladas de medicamentos vencidos, em Aparecida de Goiânia
Três pessoas foram conduzidas para a delegacia, mas liberadas provisoriamente após prestarem esclarecimentos
A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), apreendeu mais de três toneladas e meia de medicamentos que estavam vencidos em uma casa do Jardim Himalaia, em Aparecida de Goiânia, na manhã desta terça-feira (11). A chamada Operação Química do Mal II investiga oito pessoas após denúncias de roubo de cargas. Três pessoas que estavam na residência foram conduzidas e liberadas provisoriamente após prestarem esclarecimentos.
Segundo a delegada adjunta da Decar, Rafaela Azzi, o local era alugado por R$ 400 e estava sendo usado como ponto de armazenamento desses medicamentos. Nos seis cômodos presentes, apenas o banheiro não servia como depósito para os produtos. A delegada ainda conta que tinha medicamentos vencidos há mais de quatro meses e estavam acondicionados ao lado de produtos para limpeza e venenos. Além disso, as mercadorias também estavam armazenadas próximo a mofo ou expostos ao sol.
“A condição de acondicionamento desses medicamentos que nos deixa muito preocupados porque ele está sob efeito de umidade, ao solo, embaixo de pia, no solo. Para vocês terem uma noção, medicamentos com a necessidade de apresentação de receita médica estavam na mesma prateleira de um veneno de matar inseto, de bebida alcoólica. Isso no ponto de vista sanitário está errado. Porém, isso não afasta a investigação do roubo de carga, devido as condições de como foram encontrados e pela a ausência de documentação fiscal”, conta.
A delegada conta que dois dos três conduzidos trabalharam em um grande distribuidora de medicamentos na capital e um ainda possui vínculos empregatício com a empresa. Segundo ela, um dos ex-funcionários destacou que realizou a transferência da carga de um galpão, localizado na Avenida Leste Oeste, para a residência em Aparecida. Já o colaborador da empresa confessou que queria revender a carga.
“Eles foram liberados pois há necessidade da PC identificar exatamente a participação de cada um dos investigados dos crimes. As investigações persistem junto as farmácias, porque ficou claro nos autos até o momento a intenção de vender a mercadoria sobretudo em interiores próximo da capital”, destaca. A delegada conta que todos os medicamentos apreendidos serão incinerados.