PC deflagra operação e prende seis pessoas suspeitas de estelionato
Investigados podem pegar até 11 anos de prisão pelos crimes
Seis pessoas foram presas pela Polícia Civil (PC) suspeitas de praticarem o crime de estelionato. As detenções são de ocorrências distintas, mas ocorreram através de uma operação deflagrada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC) para combater essa modalidade criminosa.
De acordo com a PC, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, um de prisão temporária e quatro em flagrantes. O primeiro caso ocorreu no último dia 1º de julho. Um homem de 31 anos, que já é reeducando do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, foi preso suspeito de se passar por um policial militar e extorquir vítimas.
Segundo a corporação, ele realizava as ligações de dentro da cadeia: entrava em contato com as vítimas, dizia que havia prendido algum parente delas e exigia a quantia para não efetuar a prisão em fragrante.
Uma idosa foi vítima no último dia 7 de junho, mas a corporação conseguiu prender – no mesmo dia – o proprietário da conta para onde o valor do estelionato foi direcionado. A partir daí, foi possível desmantelar toda a organização criminosa. Além disso, os investigados tiveram contas bancárias bloqueadas e valores sequestrados mediante ordem judicial.
Goianira
No mesmo dia, mas no período da tarde, os policias cumpriram um mandado de prisão temporária contra um jovem de 21 anos suspeito de compor uma organização criminosa voltada em praticar o estelionato usando o “golpe do novo número”, em Goianira. De acordo com a PC, as investigações tiveram início em janeiro deste ano e, desde então, o jovem teria atraído duas mulheres para oferecem as contas bancárias para o receberem os valores que fossem obtidos com o crime.
Duas vítimas foram feitas neste dia: uma idosa e o irmão de um delegado da Polícia Civil. Além de cooptar as mulheres, ele é investigado por ser o elo entre os beneficiários dos produtos do crime e os integrantes do grupo que fazem contatos com as vítimas, principalmente por redes socais.
As investigações apontam que o jovem chegava a girar R$ 25 mil por semana, podendo ficar com 30% de todo o valor que fosse arrecado com a extorsão. O investigado também teve as contas bloqueados e os valores que ali estavam foram sequestrados através de ordem judicial.
Família
Após a prisão do jovem, os investigadores chegaram a três pessoas de uma mesma família que também são suspeitas de praticar estelionato. A vítima teria sido uma idosa que mora no Mato Grosso do Sul e teria sido lesada em R$ 2.850,00 pelos suspeitos. Foram detidos um homem, de 37 anos, o filho dele, de 21, e a esposa dele, de 22. Eles são suspeitos de terem recebido e fracionado o valor obtido nas contas bancárias.
De acordo com as investigações, um dos suspeitos se passou pelo filho da vítima e solicitou a transferência do valor para uma das contas do comparsa. Após o recebimento do valor, esse integrantes repassou os valores para outros criminosos.
Os investigados foram autuados em flagrante delito pela prática dos crimes de estelionato eletrônico perpetrado em desfavor de idoso e associação criminosa, infrações penais com penas que, somadas, podem chegar a mais de 11 anos de reclusão.