PC desarticula grupo suspeito de extorquir clientes após encontros sexuais
Investigações apontam que o grupo atuava em Goiânia e no Distrito Federal. Segundo a PC, envolvidos são suspeitos de obrigar vítimas a fazerem transferências bancárias sob grave ameaça ou violência
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) cumpriu, no último dia 14 de agosto, quatro mandados de prisão preventiva contra integrantes de uma quadrilha, composta por travestis, suspeita de extorquir clientes após encontros sexuais, em Goiânia.
Os mandados de prisão em desfavor de Yago Pereira, conhecido como “Anita”; Eduardo Souza Luz, sob a alcunha de “Stephany”; Samuel Junio Nápole e Marcelo Dias Moreira foram cumpridos no Complexo Prisional da Papuda, no Distrito Federal. Os investigados já haviam sido presos pela Polícia Civil do DF, em razão de crimes semelhantes aos praticados na capital goiana.
As investigações apontam que, na ocasião dos crimes, a vítima se interessava por um dos autores e era atraída até um hotel. No local, um dos suspeitos fazia check-in regularmente, enquanto outros adentravam ao quarto de forma clandestina. Já no quarto, o grupo chantageava a vítima com filmagens da relação sexual ou extorquia mediante grave ameaça ou violência.
Os dois casos de conhecimento da PC-GO ocorreram em um mesmo hotel, no Centro de Goiânia, cujos proprietários colaboraram com as investigações. Nas duas oportunidades, segundo a corporação, Anita, Stephany e Samuel agiram em conluio, agredindo e obrigando as vítimas a desbloquearem os aparelhos telefônicos, fazendo transferências bancárias que somaram mais de R$ 20 mil. Marcelo Dias participou de uma das ações, enquanto Paulo Rogério agiu em um segundo crime.
O mandado em desfavor de Paulo Rogério Marques Vasconcelos, quinto integrante do grupo, será cumprido no momento em que o investigado chegar ao Brasil, já que ele foi preso na Espanha, após ser incluído na lista de foragidos da Interpol.
Prisões
O 1º DP de Goiânia conduz dois casos que envolvem a participação dos suspeitos e, por isso, o delegado responsável pela investigação, Paulo Ribeiro, representou pela prisão dos investigados. Paralelamente, no entanto, a Polícia Civil do DF fazia operação com o escopo de prender a mesma quadrilha, que também agia naquela unidade federativa, a qual resultou na prisão de três dos investigados, na capital goiana.
Como os pedidos de prisão em Goiás demoraram mais para serem deferidos pelo Poder Judiciário, a Polícia Civil de Goiás cumpriu os quatro mandados já com os investigados presos, no Complexo Penitenciário de Papuda. Samuel, por exemplo, foi preso no Chile e recambiado para o Distrito Federal.