Polícia divulga foto de foragido acusado de encomendar morte de advogado em Aruanã
Após a conclusão do inquérito da morte do advogado Hans Brasiel da Silva Chaves, a…
Após a conclusão do inquérito da morte do advogado Hans Brasiel da Silva Chaves, a Polícia Civil divulgou, na tarde desta sexta-feira (27), a foto de Wuandemberg Alvares Farias Silva, de 27 anos. Ele é o único envolvido no crime que ainda está foragido. Quem tiver alguma informação do paredeiro dele, pode realizar denúncia pelo 197. O sigilo é garantido.
O advogado foi morto a tiros dentro do próprio escritório no último dia 6 de fevereiro, em Aruanã. De acordo com a Polícia Militar (PM), ele foi atingido por, pelo menos, por três disparos. Dois dias depois, os policiais prenderam Rafael Alves da Silva, de 21 anos, e apreenderam um adolescente, de 17, pela execução do crime.
Aos policiais, Rafael alegou que Hans foi contratado para tirá-lo da cadeia, recebido dinheiro, mas não teria cumprido o combinado. Entretanto, familiares do advogado sempre defenderam que a vítima não conhecia o homem. Além disso, afirmaram que a morte dele teria sido encomendada.
A investigação decorreu e, no último dia 26 de fevereiro, a corporação prendeu o advogado Adelúcio Lima Melo como mandante do crime. Mesmo negando o crime, o delegado à frente das investigações, Rilmo Braga, declarou que teria provas contundentes sobre a participação dele no crime. Além disso, Rilmo pontuou que a motivação seria disputa por clientes na cidade e que conseguiu imagens de que Adelúcio estaria pilotando a moto usada pelo executores do crime dias antes do homicídio.
Denúncia
Contudo, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra todos os envolvidos. Adelúcio e Wuandemberg foram denunciados como mandantes e por crime de coação. Além disso, eles também foram denunciados por homicídio triplamente qualificado e corrupção de menores, assim como Rafael. Adelúcio também responderá por falsidade ideológica.
De acordo com o documento, a chegada da vítima causou incômodo em Adelúcio, pois o mesmo atuava em causas criminais. O ponto alto da rixa foi quando Hans fechou contrato com um ex-cliente do mandante e conseguiu tirá-lo da cadeia. Dentro do Fórum da cidade, Adelúcio ameaçou a vítima de morte.
Ainda de acordo com o MP-GO, Adelúcio já havia tentado contra a vida de Hans, mas sem sucesso. Logo depois, ele passou a contar com a ajuda de Wuandemberg. Foi ele que teria entrado em contato com Rafael e oferecido R$ 7 mil pela morte do advogado. A dupla ainda conseguiu a arma e a mota utilizada no crime.
Além disso, os mandantes teriam o instruído de como ele iria executar o crime e a rota de fuga. Além disso, foi lhe dito como ele agiria caso fosse preso. Conforme a denúncia, ele teria que falar que havia sido contratado por uma organização criminosa após a vítima não cumprir os contratos.
Para não haver falhas no homicídio, Rafael vigiou, no dia anterior ao crime, todos os passos de Hans. No dia do crime, Adelúcio foi quem ligou para Rafael avisando o momento da execução. O atirador ainda ofereceu R$ 500 ao menos para ajudá-lo na fuga.
Após a prisão de Rafael, os mandantes se desentenderam. Adelúcio, então, passou usar certos atributos da profissão para ter acesso a elementos da investigação. Ele soube do teor do conteúdo de um depoimento de uma testemunha e, após isso, passou a ameaçá-la.
Na tentativa de não deixar vestígios, ele teria feito um documento falso que descriminava a venda da moto para uma pessoa aleatória e sem qualquer ligação com o crime. Mesmo após ser preso, Adelúcio, ainda com ajuda de Wuandemberg, utilizou um advogado para coagir Rafael. De acordo com a denúncia, o profissional chegou a ir na Delegacia de Capturas e alegou que faria mal à família de Rafael caso o mesmo contribuísse com as investigações.
A denúncia ainda pede indenização por danos morais e materiais. Foi solicitado pagamento de 200 salários mínimos e pensal mensal em valor correspondente à médica do ganho remuneratório no exercício da advogacia.