Condições indevidas

PC e Vigilância Sanitária apreendem vacinas contra H1N1 em Goiânia

Laboratório paulista que não tem autorização para atuar em Goiás estava comercializando doses em escolas particulares e condomínios

Agentes da Vigilância Sanitária Municipal de Goiânia e da Polícia Civil apreenderam mais de 300 doses de vacina contra o Vírus H1N1 que estavam sendo oferecidas em escolas particulares e condomínios residenciais de Goiânia. O laboratório paulista que comercializava a vacina, segundo a polícia, teria falsificado uma autorização para tentar aplicar as doses em Goiás.

A síndica de um condomínio foi quem, segundo o delegado Webert Leonardo, titular da Delegacia de Defesa do Cosnumidor (Decon), procurou a Vigilância Sanitária Municipal após desconfiar de um alvará apresentado pelo representante da empresa. “A empresa que tem sede em Ribeirão Preto não poderia sequer comercializar vacinas fora de seu estabelecimento, e pela denúncia que recebemos, foi apresentado a essa síndica, aqui em Goiânia, um alvará com validade até o ano de 2019, que, certificamos, nunca foi concedido pela Vigilância Sanitária daquela cidade”, relatou.

Em decorrência da denúncia, a Vigilância Sanitária de Goiânia recolheu, em um colégio particular no Setor Aerooorto, pelo menos 80 doses que já estavam sendo comercializadas, e mais de 200 que, segundo o titular da Decon, estavam acondicionadas de forma indevida, em um freezer geralmente usado para guardar cerveja. “Nós ainda não sabemos que prejuízos essa vacina poderia trazer para quem a adquirisse, mas como já certificamos que ela não poderia estar sendo comercializada aqui, e devido a condição indevida em que as doses estavam acondicionadas, vamos indiciar o dono da empresa por crime contra a relação de consumo, e talvez também por uso de documento falso” , pontuou.

Um representante da empresa, conforme o delegado, esteve na Decon e entregou o recibo de compra dos lotes das vacinas apreendidas, mas não apresentou o alvará falso que teria mostrado à síndica do condomínio. Webert Leonardo disse que espera ouvir o dono da empresa ainda esta semana.

Vacinas eram acondicionadas em freezer impróprio | Foto: Polícia Civil