PC indicia quatro envolvidos em mortes de advogados no Setor Aeroporto
De acordo com a corporação, os suspeitos exerceram papéis de executor, intermediários e de mandante no crime
A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) indiciou quatro pessoas pelos assassinatos dos advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhães de Assis, de 47, em escritório no Setor Aeroporto, em Goiânia. Segundo a corporação, os indiciados, de acordo com as investigações exerceram papeis de executor, intermediários e de mandante; este último identificado como Nei Castelli.
A PC diz que “todas as circunstâncias do crime foram devidamente elucidadas e não há mais diligências a serem produzidas.” O inquérito já foi remetido ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) na última terça-feira (1°) e, agora, fica a este a incumbência de oferecer ou não denúncia aos envolvidos.
Relembre
O crime ocorreu no dia 28 de outubro, no escritório dos advogados localizado no Setor Aeroporto, em Goiânia. De acordo com as investigações, Nei Castelli teria contratado dois pistoleiros por R$ 100 mil para cometerem os homicídios. O homem também ofereceu até R$ 500 mil para os suspeitos não contarem sobre a participação dele no crime.
As investigações apontam que o crime foi cometido porque as vítimas conquistaram em novembro do ano passado, na justiça, ação de reintegração de posse de uma propriedade rural em São Domingos, no Nordeste Goiano, atualmente ocupada por familiares do fazendeiro. Propriedade está avaliada em quase R$ 50 milhões.
Nei Castelli foi o último suspeito de envolvimento no crime a ser detido. Outras três pessoas já haviam sido presas por participação no duplo homicídio. Um quarto suspeito morreu em confronto com a Polícia Militar (PM) do Tocantins.
Na última segunda-feira (30), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da defesa de Nei de um habeas corpus. A decisão foi do ministro Humberto Martins. Essa foi a segunda negativa da Justiça para a soltura do fazendeiro. No último dia 20 de novembro, foi a vez do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negar a liberdade do suspeito.