PC indicia Wesley Murakami por lesões corporais graves após deformar rostos de pacientes, em Goiânia
O médico Wesley Murakami foi indiciado pela Polícia Civil (PC) por lesões corporais graves na…
O médico Wesley Murakami foi indiciado pela Polícia Civil (PC) por lesões corporais graves na manhã desta sexta-feira (28). Ele é investigado por deformar rostos de pacientes após procedimentos estéticos em Goiás e no Distrito Federal.
De acordo com o delegado Carlos Caetano, que está à frente das investigações, por esses cinco casos, se condenado, Murakami poderá pagar até 35 anos de prisão. Em Goiás, são 15 casos investigados. “Aguardamos o resultado de outros cinco laudos que estão em aberto. As demais [vítimas] não quiseram se submeter aos exames”, explica.
O advogado do médico, André Bueno, disse que não foi notificado do indiciamento e que ainda não irá se pronunciar, pois não teve acesso aos laudos e aos inquéritos.
Relembre o caso
O “Dr. Murakami” – como o profissional se apresenta nas redes sociais – usava a estratégia de apontar defeitos nos pacientes para que eles se interessassem pelos serviços dele. Após as denúncias de clientes que queixaram-se do resultado dos procedimentos realizados, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) o impediu de exercer a profissão. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) também suspendeu o registro de Murakami.
O médico se tornou alvo de processo ético depois que mais de 30 pessoas denunciarem procedimentos cirúrgicos malfeitos, com a aplicação de PMMA (sigla para polimetilmetacrilato, um plástico apresentado no formato de microesferas). A suspeita era de que o médico tivesse injetado o produto em excesso e em locais nos quais não haveria necessidade.
Wesley chegou a ser preso temporariamente no último dia 21 de dezembro pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em Goiânia. Após 26 dias na prisão, ele foi solto no último dia 17 de janeiro deste ano. No DF, ele também é investigado por mais 15 denúncias com o mesmo teor.
Ele foi intimado a depor em Goiânia no último dia 19 de junho. Segundo Carlos Caetano, Murakami chegou acompanhado do advogado e apresentou um atestado médico em que alegava que estava sob efeito de medicamentos e que se pronunciaria apenas em juízo.