PC intercepta 700kg de maconha que seriam levados ao Entorno do DF
Para não chamar atenção da polícia, motorista preso trocava placas do veículo e não abastecia o carro em postos de combustível
Um suspeito de pertencer a uma quadrilha que atua no tráfico interestadual de drogas foi flagrado com 700kg de maconha perto da cidade de Rio Verde. Para não chamar a atenção dos policiais, Júnio dos Santos Matos trocava as placas do veículo assim que entrava em estados diferentes e não parava em postos de combustível para abastecer o tanque.
A atuação da quadrilha da qual Júnio dos Santos supostamente faz parte vinha sendo investigada por equipes da Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil (PC) há pelo menos dois meses. Após descobrirem que um carregamento de drogas chegaria em Goiás neste início de semana, os agentes se posicionaram em pontos estratégicos, perto de cidades da região Sudoeste do Estado.
Assim que um veículo ocupado somente pelo motorista e com todos os vidros escuros passou pela BR-060, perto de Rio Verde, os policiais resolveram abordá-lo. Inicialmente, o motorista tentou fugir em alta velocidade, mas logo foi alcançado. Quando os policiais gritaram que se ele não parasse atirariam, o suspeito decidiu se entregar.
No porta malas e banco traseiro do veículo ASX, com registro de roubo, agentes notaram placas clonadas juntas dos tabletes de maconha e de um galão de combustível. A droga, segundo contou o próprio Júnio dos Santos, que já tem passagens por roubo, havia sido adquirida no Mato Grosso do Sul e seria comercializada no Entorno do Distrito Federal (DF).
Na abordagem, os policiais descobriram que Júnio dos Santos levava o galão de combustível junto com a droga para que não precisasse parar em postos para abastecer. As mencionadas placas, segundo a polícia, faziam referência a veículos da mesma marca e modelo do que ele ocupava e continha a tarjetas correspondentes às dos estados pelos quais o condutor passaria.
Estas placas, de acordo com o delegado Thiago Torres, adjunto da Denarc, e responsável pelas investigações, eram trocadas sempre que o suspeito entrava em um estado diferente, a fim de não chamar a atenção da polícia. “O trabalho agora continua no sentido de identificarmos e prendermos os demais integrantes da quadrilha”, pontuou.