PC prende 24 suspeitos em Goiás durante operação de combate à pornografia infantil na Internet
Ao todo, 51 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 16 cidades de Goiás
Meu zeloso guardador. O trecho de uma oração infantil foi o nome dado pela Polícia Civil de Goiás a uma operação que prendeu em flagrante, nesta terça-feira (9), 24 homens que guardavam ou compartilhavam, pela Internet, imagens pornográficas de crianças e adolescentes. Além das prisões, a operação, que contou com a participação de 280 policiais, cumpriu 51 mandados de busca e apreensão, em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Bela Vista, Senador Canedo, Trindade, Inhumas, Pirenópolis, Caturaí, Itumbiara, Planaltina de Goiás, Rio Verde, Jataí, Cidade de Goiás, Mozarlândia e Aruanã.
Em quatro meses, segundo a delegada Sabrina Lelis, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, foram analisados mais de 100 mil arquivos com fotos e vídeos pornográficos feitos com crianças e adolescentes. “Hoje nós temos ferramentas que possibilitam a identificação de arquivos que são compartilhados fora da internet aberta, e que nos permite chegar às pessoas que enviam e recebem esses vídeos, fotos e mídia”, relatou.
Alguns dos suspeitos que foram presos conviviam com crianças e adolescentes na mesma casa, o que, segundo a delegada, não significa dizer, inicialmente, que elas estariam sendo abusadas. “Todas as crianças encontradas nas casas dos suspeitos serão levadas para o Conselho Tutelar e atendidas por psicólogos. A partir de então, em uma segunda fase da operação, nós vamos investigar se as pessoas que compartilhavam esses vídeos e fotos mantinham algum tipo de relação abusiva com elas”, pontuou Sabrina Lelis.
A titular da Delegacia de Repressão Crimes Cibernéticos classificou como “nojentas” e “horrendas” as imagens apreendidas nos computadores apreendidos hoje pela manhã. Os 24 suspeitos, que não tiveram nos nomes divulgados, foram autuados por guardar ou compartilhar imagens pornográficas de menores de idade, crime que tem pena prevista de três, a até oito anos de reclusão.