PC prende 5 por falsificação de documentos para revenda de carro roubado
Polícia Civil investiga o grupo desde o final de 2018. Segundo a corporação, os integrantes são responsáveis por receptar e adulterar carro roubado, falsificar documentos públicos, corrupção de menores, lavagem de dinheiro e estelionato
Cinco pessoas foram presas suspeitas de receptar carro roubado, falsificar documentos e vender o veículo adulterado. Operação da Polícia Civil (PC) investiga o grupo criminoso desde o final de 2018 pela prática de receptação de veículo, adulteração de sinal identificador, falsificação e uso de documentos públicos, estelionato, corrupção de menores e lavagem de dinheiro. Prisões ocorreram na segunda-feira (4), em Goiânia, Aparecida e Rubiataba.
Segundo explica Marco Aurélio Euzébio, delegado responsável pelas apurações, o grupo receptou um veículo roubado em Brasília, no ano de 2018. Os suspeitos teriam adulterado os sinais de identificação do automóvel como chassi e numeração de motor e placas e, posteriormente falsificado a documentação do carro, para que este parecesse legítimo.
Os suspeitos, conforme expõe o delegado, chegaram a falsificar o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRVL) e o Certificado de Registro de Veículo (CRV). “Eles inseriram informações falsas no documento que estava em branco e, depois disso, anunciaram o carro no OLX, onde conseguiram vender o veículo para um terceiro de boa-fé, que não sabia da ação criminosa”, disse.
Após a venda, o grupo foi em um cartório no interior de Goiás e reconheceu firma dos documentos falsos. O comprador, então, realizou diversas transferências bancárias aos suspeitos, que sacaram o dinheiro e transferiram para outras pessoas envolvidas no crime.
“É um esquema bastante complexo e envolvia muitas pessoas. As investigações apontaram, ainda, que um homem que se encontrava preso era o mentor do esquema. A gente acredita que não tenha sido a primeira vez”, ressaltou.
Ao todo, foram cumpridos dez mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, dois de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão na casa dos integrantes do grupo. Houve também sequestro de bens para o ressarcimento do prejuízo da vítima.