PC prende grupo que prometia cargos comissionados fictícios em troca de dinheiro
Vítimas repassavam, em média, R$ 20 mil aos suspeitos. Prejuízos ficaram na ordem de R$ 200 mil
Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) cumpriu, na última quarta-feira (16), mandados de prisões temporárias e buscas contra um grupo suspeito de realizar falsas promessas de obtenção de cargos comissionados junto ao Governo Estadual em troca de dinheiro. Vítimas teriam repassado cerca de R$ 200 mil à organização criminosa. Ao todo, quatro pessoas foram presas suspeitas de estelionato.
Segundo informações repassadas pela corporação, o grupo captava interessados em obter cargos comissionados e realizava reuniões em que eram propostos os termos e valores supostamente pagos a alguém com influência junto ao Governo Estadual para a obtenção dos cargos.
Durante os encontros, entrava em cena mais um membro da quadrilha, que afirmava ser a pessoa com contatos na gestão estadual e que obteria as vagas após o pagamento dos valores solicitados.
A associação criminosa também contava com um cirurgião dentista como membro e captador de interessados. Os encontros para a falsa negociação ocorriam no consultório odontológico do profissional, para dar credibilidade ao golpe.
Até o momento, 10 vítimas da quadrilha foram identificadas. De acordo com a Polícia Civil, os interessados repassavam, em média, R$ 20 mil aos suspeitos, para a obtenção das vagas fictícias. O valor dos prejuízos chega a R$ 200 mil.
Durante a Operação Influência Fake, os integrantes do grupo foram detidos temporariamente. Também foram cumpridas buscas nas residências dos suspeitos com a finalidade de apreender objetos e documentos que podem ser úteis às apurações. Os investigados serão indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa e podem ficar presos por até 8 anos.
Sequestro
Em um episódio ocorrido em julho de 2019, três das vítimas e membros de uma mesma família teriam sequestrado o cirurgião dentista. Na ocasião, as vítimas exigiram da esposa do dentista a devolução dos valores repassados à quadrilha, a título de libertação.
À época, as vítimas do golpe chegaram a ser presas e autuadas em flagrante pelo crime de extorsão.