PC prende suspeito de participar de esquema de falsificação de contracheques
A Polícia Civil (PC) prendeu temporariamente, na tarde da última quinta-feira (17), mais uma pessoa…
A Polícia Civil (PC) prendeu temporariamente, na tarde da última quinta-feira (17), mais uma pessoa suspeita de participar do esquema de falsificação de contracheques para conseguir empréstimos consignados. Segundo a corporação, o homem é considerado agenciador de servidores temporários ou comissionados do Estado para esquema. A identificação dele não foi revelada.
O suspeito foi detido por policiais civis do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/Deic) na casa dele, localizada em Aparecida de Goiânia. A residência também foi inspecionada sob mandado de busca e apreensão. O autuado foi recolhido na Delegacia de Capturas e seguirá preso pelo prazo legal.
Até o momento, dois intermediários foram identificados , quatro servidores que utilizaram o serviço e o falsificador dos holerites em todos os casos.
O esquema
A prisão dele é um desdobramento do flagrante realizado no mês passado, que culminou na prisão de um Vigilante Penitenciário Temporário (VPT) e de uma servidora comissionada da Secretaria Estadual de Administração (Sead).
Segundo a PC, os citados apresentaram contracheques falsos par tentar conseguir empréstimos consignados em um banco da capital. Os documentos forjados os retratavam como servidores efetivos do Estado. O objetivo do casal era solicitar duas quantias: uma de R$ 21 mil e outra de R$ 42 mil.
De acordo com o delegado Olemar Santiago, pessoas identificadas como intermediárias captavam servidores públicos não concursados e interessados em obter empréstimos consignados. O servidor e o intermediário, então, fechavam um acordo: o funcionário, normalmente temporário ou comissionado, cedia seu contracheque que era adulterado pelo intermediador para que, assim, o documento se tornasse apto a passar pelo crivo bancário para um empréstimo.
“Pelo regramento do banco, que no caso é um correspondente bancário da Caixa Econômica Federal, e pelas normativas do Banco Central, aqueles que têm vinculo temporário com a administração pública ou cargo em comissão temporário não têm autorização para empréstimos consignados”, conta Olemar.
O intermediador, então, adulterava três campos do contracheque. Um deles, segundo Santiago, era o campo do cargo. A partir de então, o servidor passava a ser “efetivo”. “Só por essa adulteração o servidor já era habilitado ao empréstimo”, detalha o delegado.
A partir daí, o contracheque adulterado era devolvido ao servidor, que comparecia no correspondente bancário da Caixa e efetivava o empréstimo. Santiago conta que o intermediador cobrava uma taxa de 15% do servidor sobre o valor do empréstimo obtido.