“Pedido irresponsável”, diz sindicato sobre aumento de alunos em sala
O presidente do Sindicato de Professores do Estado de Goiás (Sinpro), Railton Nascimento Sousa, classificou…
O presidente do Sindicato de Professores do Estado de Goiás (Sinpro), Railton Nascimento Sousa, classificou como “irresponsável” o pedido para aumentar de 30% para 50% a quantidade de alunos em sala de aula. A proposta foi uma das apresentadas na reunião do Centro de Operações Emergenciais (COE), ocorrida na tarde da última quarta-feira (6).
[olho author=””]Não é hora de pedir um aumento de percentual de alunos, tendo em vista os dados que temos no Brasil. No Sudeste do país já tem confirmação de casos da nova variante. Isso é um pedido irresponsável nesse momento que vivemos.[/olho]
Railton afirma que o COE, o Conselho de Estado da Educação, o Governo de Goiás e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) devem inserir os professores como grupo prioritário na vacinação. “Nós estamos preocupados com os nossos empregos, mas também preservamos as nossas vidas. Com isso, voltamos até com 100% da capacidade”, ressalta.
O presidente diz, ainda, que, caso esses pontos não sejam levados em consideração, a discussão de retorno às aulas presenciais é “fechar os olhos para a realidade da saúde pública”. “O próprio COE pede prudência. O pedido de mais alunos em sala de aula é baseado em quê? Estão querendo passar por cima do conhecimento científico. Esse era o momento de pedir que o governador e, até mesmo o atual presidente, que nos inclua no plano de vacinação”, destaca.
Railton também rebateu a afirmação dada mais cedo pelo presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe), Flávio Roberto de Castro, sobre não haver confirmação de casos de contaminação no retorno às aulas. A assertiva foi dada em entrevista à rádio Sagres.
“Não é porque você andou em uma corda bamba e não caiu que significa que está tudo bem. A ciência e a medicina está mostrando o contrário. Estamos passando por uma segunda onda da doença. Pedimos um laudo técnico com um responsável de segurança do trabalho e foi constatado que muitas escolas não adquiriram o básico para colocar em prática os protocolos de biossegurança. A realidade de uma escola e outra é diferente”, pontua.