Tragédia

Pedreiro matou namorada por ciúmes, diz polícia

O ciúme pelo fato da namorada ter se relacionado com outra pessoa enquanto eles estavam…

O ciúme pelo fato da namorada ter se relacionado com outra pessoa enquanto eles estavam separados, segundo a polícia, teria sido o que motivou, na semana passada, o assassinato da jovem Núbia Ribeiro Lemes Rosa, de 19 anos. Além de prender o pedreiro Ranulfo Pereira, de 29 anos, que confessou o crime, os agentes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) descobriram que o irmão dele, Marcos Maciel, de 37 anos, ajudou a esconder, e queimar o corpo da vítima.

Vista pela última vez na noite do último dia 26 de setembro, quando saiu de casa no Bairro Jardim Del Fiori, em Goiânia, com o namorado Ranulfo Pereira, Núbia Ribeiro foi encontrada morta, e com parte do corpo queimado, três dias depois, na Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia. Após encontrar várias contradições no depoimento de Marcos Maciel, que no dia 27 registrou uma ocorrência como se o irmão tivesse sido sequestrado junto com a namorada, o delegado Carlos Caetano, adjunto da DIH descobriu que Ranulfo tinha fugido para um assentamento na cidade de Talismã, no Tocantins.

Preso naquele Estado na última sexta-feira (29), Ranulfo foi trazido para Goiânia e autuado ainda em flagrante por ocultação de cadáver, ocasião em que confessou o crime. Ele disse que perdeu a cabeça após uma discussão, enforcou a namorada, e então ligou para o irmão, que o ajudou a levar o corpo da vítima até a Serra das Areias.

“O que nós apuramos é que o Ranulfo e a Núbia namoraram durante um ano, ficaram separados dois meses, e nesse período ela arrumou outro namorado. Como esse relacionamento pouco durou, logo o Ranulfo voltou a se relacionar com ela, fingiu não saber o que havia acontecido, e tramou, de forma silenciosa, a vingança, que infelizmente acabou se concretizando na madrugada do último dia 27”, relatou Carlos Caetano.

Além de ser autuado pela ocultação de cadáver, Ranulfo foi indiciado por feminicídio, crime que tem pena de reclusão de 12 a 30 anos. Já o irmão dele, que teve a prisão preventiva solicitada pelo delegado, responderá por ocultação de cadáver e falsa ocorrência de crime, delitos que, juntos, podem chegar a até cinco anos de reclusão.