Confusão

Pedreiro que passou em universidade federal é impedido de realizar matrícula, em Goiás

O supletivo de Adenilton Nicolau em um colégio particular teria sido o motivo dele não ingressar no curso

Um vídeo da reação de um pedreiro, de 47 anos, ao descobrir que havia passado em uma universidade pública viralizou nas redes sociais. Adenilton Nicolau, morador de Aparecida de Goiás, foi informado de que iria cursar Filosofia na Universidade Federal de Goiás, na última terça-feira (2). No entanto, foi impedido de realizar sua matrícula e não poderá ingressar na universidade.

Adenilton explica, através de um novo vídeo, que ao inscrevê-lo, sua filha usou o sistema de cota racial com a sua nota do Enem. Apesar de ter sido aprovado no curso, um dos requisitos para conseguir a bolsa era a formação do Ensino Médio em uma escola pública e, embora tenha começado o EJA (Educação de Jovens e Adultos) no ensino público, o término de seus estudos ocorreu em uma escola particular.

Na gravação, Adenilton diz que tinha pouco tempo para estudar, pois precisava trabalhar e cuidar dos filhos, e, por isso resolveu fazer o supletivo.

“Eu comecei fazendo em escola pública, mas terminei em escola particular, porque seria mais rápido. Quando fui apresentar meu diploma, fui barrado por esse item ao qual a gente não tinha se atentado. Estou bastante triste”, contou.

O pedreiro daria início às aulas nesta quinta-feira (5), mas disse que, apesar dos problemas, está focado em continuar com os estudos. “Meu sonho não morre aqui, não vou desistir. Vou procurar uma faculdade particular mesmo e vou terminar este curso, se Deus quiser. Obrigado a todo mundo que me parabenizou”, destacou.