Pelo menos 14 bares e restaurantes famosos de Goiânia fecharam na pandemia

Nem todos os estabelecimentos comerciais resistiram à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo a pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em outubro, 30% dos mais de 1 milhão de estabelecimentos do setor no País fecharam. Segundo levantamento do A Redação, Goiás teve, pelo menos, 14 bares ou restaurantes que conseguiram manter as portas abertas.

O setor Marista e o Shopping Flamboyant foram os locais com o maior registro de encerramento de atividades, com três estabelecimentos fechados em cada. O Bueno vem em seguida, com dois.

Segundo o levantamento do portal, encerraram as atividades: Saccaria (Setor Marista); Detroit 136 (Setor Marista); Imperador – Restaurante e Chopperia (Setor Marista); Mercatto (Shopping Flamboyant); Kanpai Blue (Shopping Flamboyant); L’Entrecôte de Paris (Shopping Flamboyant); Terra Café e Restaurante (Setor Bueno); Cachapa a Panqueca de Milho Venezuelana (Setor Bueno); Cantina das Libélulas (Setor Sul); Dali Bar e Taberna (Setor Nova Suíça); Garibaldi (Residencial Eldorado); Maluí Restaurante e Café (Jardim Novo Mundo); e Indoor Bar e Restaurante – Caldos 24 horas (Jardim América).

Incerteza

No início da pandemia, o estabelecimento de comida mexicana Dali fechou suas portas e retornou apenas em 14 de julho. Porém, em meados de setembro, eles pararam o serviço novamente sem dar explicações.

Há cerca de uma semana, o restaurante publicou em seu Instagram: “Comunicado Oficial: estamos fechados por tempo indeterminado. Agradecemos a compreensão e preferência de todos nossos clientes.”

Na postagem, diversos clientes manifestaram apoio e lamentaram a decisão do estabelecimento.

O perfil oficial do L’Entrecôte de Paris no Instagram, por exemplo, fez sua última postagem há quase sete meses. O Garibaldi e o Detroit do Marista, há quatro. Já a Cantina das Libélulas publicou pela última vez em 17 de julho.

Outros dados

Dados da pesquisa Abrasel informam, ainda, que as vendas do setor, neste momento, são 40% abaixo do que foi observado em setembro e outubro de 2019.

Ainda segundo o texto, estabelecimentos destinados às classes A e B apresentaram queda de até 70%. Os voltados para os consumidores das classes C e D, decréscimo menor: 20%.

O diretor executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Fernando Blower, disse que os níveis só devem voltar ao normal em 2022. Segundo ele, os que se adaptaram em delivery estão em melhor situação.

“Com 50% a 70% do ritmo de vendas de 2019. Mas mesmo esses restaurantes enfrentam um cenário difícil, com alto nível de desemprego, queda de renda familiar e custos mais altos.”

O levantamento não traz um número geral de bares da cidade que não reabriram, apenas dos mais conhecidos, mas foi confirmada pela Abrasel.