Decisão

Personal trainer preso por agredir a namorada é solto pela Justiça

Decisão foi assinada pelo desembargador José Paganucci Júnior. DGAP destaca que "estão sendo cumpridos os procedimentos operacionais para o cumprimento"

Personal trainer preso por agredir a namorada é solto pela Justiça

O personal treiner Murilo de Morais Segurado, de 33 anos, acusado e preso de agredir a então namorada no último dia 28 de agosto, foi solto após decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). O habeas corpus foi assinado pelo desembargador José Paganucci Júnior, na tarde desta terça-feira (22).

Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), “estão sendo cumpridos os procedimentos operacionais para o cumprimento.” Murilo teve um pedido de liberdade negado pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no último dia 17 de setembro.

Na época, a defesa do personal sustentou que ele era réu primário, que ajudava a mãe no sustento da família e que cuidava da irmã com problemas de saúde. Entretanto, o juiz entendeu que “a liberdade do requerente atenta contra a ordem pública e repercute de maneria danosa e prejudicial ao meio social.”

Além disso, Jesseir destacou que no depoimento da vítima dado na delegacia consta que ela alegou sentir medo do então namorado, pois o mesmo teria duas armas de fogo. Na documento também constava que o homem já tinha passagens por injúria e ameaça cometida contra outra mulher.

No último dia 3 de outubro, Murilo foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). No documento, assinado pelo promotor de Justiça Danni Sales Silva, o personal enganou namorada para tentar matá-la e utilizou recurso cruel que impossibilitou a defesa da vítima.

Ainda na denúncia consta que o homem foi flagrado desferindo socos e pontapés contra a vítima. O casal estava junto há quatro anos. No documento, consta que o personal “possuía histórico de agressão física em razão do comportamento agressivo de Murilo.”

Segundo o promotor, o casal brigou por motivos banais no dia da agressão. Com a justificativa de que queria conversar, o Murilo foi até o apartamento da vítima. Porém, ela disse que estava saindo para a igreja. Ele, por sua vez, se dispôs a acompanhá-la.

O promotor ainda relata no texto que, ao entrarem no carro, Murilo ficou agressivo e os dois começaram a brigar. Ela tentou sair do carro, mas foi seguida e agredida. Mesmo com a presença de um escrivão da Polícia Civil (PC), que passava pelo local, o personal continuou as agressões. Ele só parou após o agente desferir um tipo para o alto. Murilo tentou fugir, mas foi detido e preso em flagrante.

Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva. Ainda de acordo com o promotor, Murilo foi denunciado por tentativa de homicídio e com qualificação devido ao meio cruel e que impossibilitou a defesa da namorada. Danni ressalta que o homem causou intenso sofrimento à vítima, “velando brutalidade fora do comum e insensibilidade, em contraste com o mais elementar sentimento de humanidade”.

Devido aos ferimentos, a vítima teve que ser submetida a uma cirurgia no braço direito para colocar platina no membro. Após isso, ela fez uma viagem para tentar descansar física e mentalmente. Além disso, para continuar o tratamento de fisioterapia.