Personal trainer que agrediu namorada em Goiânia é denunciado por tentativa de homicídio
Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o homem enganou a namorada para tentar matá-la e utilizou recurso cruel que impossibilitou a defesa da vítima. Crime foi em agosto deste ano
O personal trainer Murilo de Morais Segurado, 33 anos, que agrediu a namorada, uma médica veterinária, no Setor Eldorado, em Goiânia, foi denunciado por tentativa de homicídio. Denúncia foi feita nesta quinta-feira (3), pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Crime foi em agosto deste ano. Autor das agressões está preso desde então. Imagens de câmera de segurança registraram a violência.
Conforme a denúncia oferecida pelo promotor Danni Sales Silva, o personal enganou a namorada para tentar matá-la e utilizou recurso cruel que impossibilitou a defesa da vítima. O homem foi flagrado desferindo socos e pontapés contra a mulher. Casal estava junto há quatro anos e possuía histórico de agressão física em razão do comportamento agressivo de Murilo.
Segundo o MP, o casal brigou, por motivos banais, no dia 28 de agosto. Com a justificativa de que queria conversar, ele foi até o apartamento da veterinária. Foi quando ela disse que estava indo para a igreja e ele dispôs a acompanhá-la.
Os dois entraram no carro da vítima, mas logo o personal ficou agressivo e os dois começaram a brigar. A mulher chegou a pedir para que ele descesse do carro. Sem sucesso, ela decidiu sair e foi seguida e agredida por ele.
Mesmo diante de um escrivão da Polícia Civil que passava pelo local, Murilo continuou as agressões. Ele só parou de socar e chutar a vítima depois que o policial disparou um tiro para o alto. Ele ainda tentou fugir, mas foi detido e preso em flagrante.
Durante a audiência de custódia, realizada na da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara converteu a prisão em flagrante em preventiva. O pedido de revogação de prisão foi negado pelo magistrado
Crueldade
Na denúncia consta que a tentativa de homicídio foi qualificada, pois cruel e impossibilitou a defesa da vítima. Um agravante é que o personal utilizou recurso que dificultou a defesa da vítima, por ter compleição física forte. Com o primeiro golpe derrubou a mulher no chão, que não esboçou reação. Segundo o promotor de Justiça, o homem causou intenso sofrimento à vítima, “velando brutalidade fora do comum e insensibilidade, em contraste com o mais elementar sentimento de humanidade”.