Pesquisa da UFG mostra que substâncias na cera de ouvido ajudam a diagnosticar câncer
Estudo foi desenvolvido pelo Instituto de Química da universidade. Em cinco horas é possível identificar a doença apenas com a análise da secreção
A cera de ouvido pode ajudar a diagnosticar câncer. Essa foi a descoberta feita por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (UFG). Os estudos mostraram que a presença de algumas substâncias na secreção indica a existência da doença no organismo.
A pesquisa, publicada em uma das mais renomadas revistas especializadas do mundo, a Scientific Reports, colheu amostras da cera de ouvido de 102 voluntários. Através da análise do material, foi descoberto que 27 substâncias na cera indicaram quais participantes estavam com a doença.
Em cinco horas foi possível verificar se o paciente tem a enfermidade ou não. O estudo mostrou também que esse teste consegue detectar o câncer no estágio inicial, o que aumenta bastante a capacidade de cura.
A descoberta foi chamada de Nova Fronteira no Diagnóstico de Câncer em Humanos. Por ser uma análise bem simples, os pesquisadores acreditam que esse exame possa se tornar corriqueiro, como um exame de sangue, por exemplo.
De acordo com o coordenador da pesquisa, Nelson Antoniosi, a cera de ouvido é como uma “impressão digital” das células do organismo. “Quando a cera é produzida, ela tem ali componentes que podem ter sido produzidos por células saudáveis e por células cancerosas”, disse o professor.
Com informações de G1.