Pesquisa de preços: carne vermelha apresenta variação de até 90% em Goiânia
A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (29)
O preço da carne vermelha apresenta variação de até 90% em Goiânia, segundo levantamento do Procon Goiás divulgado nesta quarta-feira (29). A pesquisa revela preços de 26 tipos de carne – incluindo frango e suína. Os valores foram verificados em casas de carne e supermercados da capital entre os dias 15 e 28 de setembro.
A maior variação encontrada – carne vermelha de primeira – foi no quilo do filé mignon, em que o preço varia de R$ 49,90 a R$ 94,50. Em seguida, vem o corte do lagarto (81, 10%), com uma oscilação de R$ 28,99 a R$ 52,50. A picanha, uma boa pedida para o tradicional churrasco, pode ficar até 63% mais salgada, se uma boa pesquisa não for feita.
Segundo dados divulgados em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a carne vermelha registrou alta acumulada de 35,14% (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – IPCA Amplo 15) no período de 12 meses.
Carne de segunda apresenta variação de 83%
De acordo com o levantamento, na carne de segunda a diferença de preços entre um estabelecimento comercial e outro chega a 83,91% (quilo da fraldinha) – R$ 29,90 a R$ 54,99. A costela vem logo atrás, com uma margem de 77,96% (R$ 17,90 a R$ 29,99).
No geral, a maior variação encontrada pela pesquisa de preços foi na carne suína, com o quilo do suã – 266%,84% (R$ 7,90 a R$ 28,98). O pernil com osso apresentou variação de 150% e a costelinha, 140%.
Uma alternativa para fugir da alta da carne vermelha é consumir a carne de frango, que é mais acessível. O levantamento do Proncon Goiás apontou uma variação de 113% no quilo do frango (resfriado) (R$ 6,99 a R$ 14,90) e de 11,78% no frango congelado.
Quais dicas e cuidados é preciso na hora de comprar carnes na capital?
– O balcão de produtos refrigerados ou congelados não deve apresentar poças d’água, embalagens transpiradas ou com placas de gelo sobre a superfície. Essas características podem indicar temperatura inadequada, superlotação ou que as geladeiras foram desligadas durante a noite;
– A aquisição dos congelados deve ser feita no final das compras. As carnes e aves também merecem cuidados especiais;
– A grande preocupação do consumidor deve ser com a procedência do alimento. É importante comprar esse tipo de alimento fresco, com aparência, cor e odor característicos, sob refrigeração e de fontes seguras, devidamente inspecionados em sua origem e com o número do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Serviço de Inspeção Estadual (SIE), que mostra que a carne foi aprovada pela fiscalização.
– Procure açougues que tenham boas condições de higiene. Verifique as paredes, os balcões e, principalmente, a luz. Observe a cor da carne. A carne de gado estragada pode apresentar cor esverdeada e forte cheiro de podre.
– Carne com cor vermelho vivo também deve ser evitada, pois provavelmente foi colocado nela um pó branco que esconde sua má qualidade. Esse pó branco é o sulfito de sódio.
– Também é importante observar se o produto possui a identificação da origem, a etiqueta-lacre contendo o número do Serviço de Inspeção, com nome do frigorífico e origem, data de embalagem e prazo de validade.