Pesquisa em Goiás vai medir efeito de vacinas tríplice viral e influenza contra covid-19
A Faculdade da Polícia Militar (FPM) começa a pesquisar amanhã os efeitos das vacinas tríplice…
A Faculdade da Polícia Militar (FPM) começa a pesquisar amanhã os efeitos das vacinas tríplice viral e e influenza na prevenção contra covid-19. O grupo de voluntários tem seis mil pessoas (parte delas já escolhidas), das quais duas mil receberão a tríplice, duas mil receberão o imunizante contra a influenza e duas mil receberão o placebo (substância que não gera reações no corpo humano, mas que é obrigatoriamente usada em pesquisas científicas do mundo todo para fins de comparação entre os grupos).
As vacinas serão aplicadas no auditório da Fundação Tiradentes, entidade vinculada à PM. Cerca de 20 profissionais estão envolvidos na pesquisa, entre os quais três pesquisadores holandeses, três brasileiros, alunos de enfermagem e de educação física da FPM que estão perto de concluir o curso. O cronograma prevê a divulgação de resultados parciais daqui a três meses e definitivos em seis. É possível que o estudo se prolongue por até um ano, caso haja necessidade.
O coordenador-geral acadêmico da Faculdade da Polícia Militar, tenente-coronel Sérgio Henrique Nascente Costa, doutor em Ciências da Saúde, afirma que a hipótese de que estas vacinas auxiliam na prevenção contra covid-19 já é pauta de estudos acadêmicos há meses na Europa (especialmente na Itália) e nos Estados Unidos e que, por enquanto, os resultados são satisfatórios.
“Os estudos feitos até aqui mostram que vacinas como estas fazem o organismo desenvolver o que chamamos de ‘memória imunológica inata’. É como se elas treinassem o sistema imune para enfrentar quaisquer outros tipos de agentes externos. Os resultados preliminares mostram que estas vacinas contribuem para diminuir quadros de infecção de evitar o agravamento de casos”, afirma o tenente-coronel.
A escolha de voluntários segue critérios. Os mais relevantes são: a pessoa tem que ter mais de 18 anos, não pode já ter sido vacinada contra a covid, não pode ter quadro imunodepressivo, não pode estar com febre e também será excluída se já tiver contraído o coronavírus. No caso deste último critério, a equipe vai depender do relato da pessoa, porque não há estrutura para testes preliminares de detecção do vírus no organismo do voluntário.
A supervisão será feita pelos médicos pesquisadores Mihai Netea, a maior autoridade em vacinas do mundo, e Leonardus A.B. Joosten. O projeto já detém autorização do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade da Policia Militar – (CEP/FPM) que é registrado e credenciado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), vinculada ao CNS – Conselho Nacional de Saúde, e portanto, é habilitado para realizar o acompanhamento das pesquisas científicas que envolvem seres humanos.
Os beneficiários da Fundação Tiradentes (policiais militares, pensionistas e seus dependentes legais), que desejarem fazer parte deste estudo que pretende avaliar como essas vacinas podem colaborar para melhorar ainda mais a nossa imunização contra a Covid-19 e novas possíveis doenças, poderão se inscrever através do site (clique aqui).