PF cumpre mandado de prisão por pornografia infantil em Pirenópolis
Outros dois suspeitos identificados como produtores de pornografia infantil pela polícia já estavam presos pelo crime em Goiânia
A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira (26) um mandado de prisão preventiva por produção e compartilhamento de pornografia infantil na cidade de Pirenópolis, a 120 quilômetros de Goiânia. A ação faz parte da operação #Undergound 2 que cumpriu onze mandados de busca e apreensão, dez de prisão e dez flagrantes em Goiás e outros seis estados.
O delegado regional de investigações e combate ao crime organizado da PF em São Paulo, Marcelo Ivo de Carvalho, explicou que as investigações partem de um levantamento do órgão na DeepWeb (internet profunda), onde o compartilhamento de material de pornografia infantil costuma acontecer. O resultado dessa análise foi a identificação de 13 pessoas que seriam produtoras desse tipo de material.
Dos 13 investigados, dois já estavam presos pela prática em Goiânia. Não há mais detalhes sobre os suspeitos presos na capital ou em Pirenópolis. Segundo a Polícia Federal, as identidades dos suspeitos não vão ser reveladas para garantir a segurança das investigações. No entanto, o órgão confirmou que todos os presos eram abusadores e não apenas produtores dos conteúdos pornográficos.
Todos os identificados estavam sendo monitorados pela PF que informou que havia apenas uma mulher envolvida. Além disso, os abusadores possuem idade entre 25 e 49 anos. No que diz respeito às vítimas, não há um número exato de quantas, já que muitos vídeos e fotos foram apagados. Contudo, grande parte dessas crianças, como informa Marcelo, possui entre 5 e 11 anos de idade, apesar de terem sido identificados materiais pornográficos envolvendo recém-nascidos.
O delegado esclarece que as crianças identificadas nos vídeos e fotos vão passar por acompanhamento com psicólogos especializados. As entrevistas com os profissionais devem ser feitas para comprovar os abusos apesar de que em alguns casos há imagens que comprovam a situação e que devem passar pela análise de peritos.
O chefe do serviço de repressão a crimes cibernéticos da PF Rômulo Berrêdo, explica que a operação é pioneira no sentido de identificar os produtores de pornografia infantil e não somente quem compartilha este conteúdo. “Estamos tentando partir a um patamar mais avançado que é a identificação dessas pessoas que cometem esses crimes, ou seja, que praticam a violência contra as crianças para que esse material seja difundido na internet”, informou.