TRAGÉDIA

Piracanjuba: polícia investiga causas de mortandade em massa de peixes no rio Meia Ponte

Delegacia Estadual de Meio Ambiente está apurando as causas da tragédia

(Foto: Reprodução - TV Anhanguera)

Um cenário alarmante de mortandade de peixes no rio Meia Ponte, em Piracanjuba, na região sul de Goiás, acendeu o alerta ambiental nesta terça-feira (30). Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a extensão do desastre, com milhares de peixes mortos, boiando, e outros agonizando na correnteza.

A Delegacia Estadual de Meio Ambiente (DEMA) iniciou uma investigação para determinar as causas da tragédia. O delegado Luziano Carvalho informou à TV Anhanguera, que a equipe está percorrendo propriedades rurais entre Hidrolândia e Goiânia, área apontada como origem do problema, para identificar possíveis fontes de poluição.

“Já descartamos algumas fontes poluidoras, como pivôs de irrigação, mineradoras e confinamentos de gado”, afirmou o delegado ao veículo de comunicação. “Solicitamos análises à Polícia Científica e à Secretaria Estadual de Meio Ambiente para auxiliar na investigação.”

A dimensão da mortandade impressiona as autoridades. “É uma quantidade absurda de peixes mortos, talvez a maior já registrada em Goiás”, disse o delegado, estimando que mais de dez toneladas de peixes possam ter sido afetadas.

Moradores da região expressaram preocupação com a situação e os possíveis impactos na saúde pública e no ecossistema do rio. O rio Meia Ponte é uma importante fonte de abastecimento de água para diversas cidades goianas e também é utilizado para irrigação e pesca.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) enviou uma equipe ao local. A pasta enviou uma nota ao Mais Goiás:

“A Semad enviou equipes de fiscalização e análise laboratorial para o local da ocorrência. As equipes já possuem conhecimento do teor da denúncia e estão em diligência.

A equipe de fiscalização, no local, avaliará possíveis causas para a morte dos peixes, com vistas a prováveis atividades irregulares que possam ter ocasionado o evento.

A equipe de análise laboratorial foi enviada ao local para coleta de amostras da água que serão avaliadas em diferentes graus, desde testes in loco até análises mais complexas, feitas no laboratório da Semad.”