Pirenópolis cria campanha para virar Patrimônio Histórico da Humanidade
Pirenópolis vai tentar conquistar o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. O reconhecimento é…
Pirenópolis vai tentar conquistar o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. O reconhecimento é dado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Caso conquiste o título, Pirenópolis vai se tornar a segunda cidade goiana a ter a honraria, junto com a Cidade de Goiás.
A iniciativa da campanha é da Secretaria de Cultura do município, que diz confiar na arquitetura dos casarões, nas ruas de pedra e nas várias cachoeiras pelas quais a cidade é conhecida e adorada, para conquistar o título. A cidade já possui o título de Patrimônio Nacional, dado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 1990.
De acordo com a prefeitura, o fato de a cidade se tornar um patrimônio da humanidade ajudaria o município a preservar a memória histórica e arquitetônica do município, que foi fundada em 1727. Em Pirenópolis, é comum que turistas fiquem em frente às construções para tirar foto e admirar a cidade. A prefeitura afirma que os moradores entendem essa importância e também buscam preservar a tradição da cidade.
“É um sentimento coletivo, da sociedade mesmo, de muitos anos. Se conversava de forma informal por aqui que Pirenópolis merecia receber esse título. Então começamos esse diálogo, para entender como começar a fazer isso se tornar realidade”, explicou o secretario de Cultura da cidade, Ronaldo Felix.
Como funciona o processo?
Apesar da iniciativa ter sido da prefeitura da cidade, ela conta com o apoio do Iphan para fazer todo processo necessário para que Pirenópolis possa se candidatar ao título internacional da Unesco. O processo da candidatura é bastante rigoroso e pode levar até cinco anos.
Esse período de cinco anos é destinado à montagem do dossiê e avaliação para as indicações na candidatura para reconhecimento Nacional. Todo ano há avaliação da lista dos patrimônios inscritos. Mais ou menos a cada cinco anos, o Iphan faz uma revisão da lista de possibilidades de candidaturas para Unesco.
Apesar disso, o secretário de Cultura afirma que não há uma base de critérios e requisítos muito explícitos. A ideia é que quanto mais preservado e mais estudos se têm do quão a cidade é fundamental e relevante histórica e culturamente, mais chances de ganhar.
Ronaldo ainda detalha que a avaliação dos especialistas da Unesco dependem muito do tipo de categoria que a cidade está concorrendo. Pirenópolis, no caso, deseja concorrer a uma categoria mista, onde há patrimônios materiais, como os casarões, mas também patrimônios imateriais como as festividades e culturas celebradas no município.
“O que nós começaremos a fazer agora são levantamentos da história, da cultura, do que temos preservado, além de como está esse conjunto arquitetônico da cidade. Vamos analisar o que podemos fazer para preservar e enaltecer ainda mais a cidade de Pirenópolis, como uma espécie de inventário”, explica Ronaldo Félix.
De que forma o título ajuda na cidade?
Diante da possibilidade do título, Ronaldo explica a importância que ele oferece à cidade. “Existe o reconhecimento internacional, já que a partir disso a cidade sai das fronteiras do país. Mais pessoas passariam a visitar a cidade e procurar por ela. Mas também há uma série de políticas públicas voltadas para esses patrimônios, que oferecem uma série de benefícios de preservação e ainda ajudaria as crianças a se conscientizarem da importância de preservar a história do nosso estado.”, disse Ronaldo.
Outras cidade goianas já possuem o título
A cidade de Goiás foi reconhecida como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco em dezembro de 2001. Já a Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas também foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco, em 2001. No caso, a Chapada dos Veadeiros é considerada um Patrimônio Natural Mundial.
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