Chapa de deputados eleitos pelo PP em Goiás é alvo de pedido de cassação
Partido apresentou uma ação por fraude na cota de gênero usando candidatas laranjas para cumprir o mínimo de candidaturas femininas
Na última quarta-feira (4), o Partido Progressistas (PP) pediu a cassação de Wilder Morais (PL) por supostos gastos considerados ilícitos durante a campanha eleitoral de 2022. Agora, foi a vez do PL apresentar uma ação contra a chapa de deputados estaduais do PP, por suposta fraude na cota de gênero usando candidatas laranjas para cumprir o mínimo de 30% de candidaturas femininas. A ação, que também foi assinada pelo partido Democracia Cristã (DC), foi protocolada no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) neste sábado (7).
O pedido aponta que quatro candidatas do PP tiveram votação inexpressiva, não apresentaram prestação de contas, não contraíram dívidas de campanha, não realizaram atos de campanha e não fizeram impressão de material para campanha eleitoral. A ação está sendo movida pelo diretório do PL de Goiás. O Partido Progressistas elegeu três deputados estaduais para as eleições de 2022, são eles: Vivian Naves, Jamil Calife e Alessandro Moreira.
Mandato de Wilder
O partido Progressistas moveu uma ação judicial no TRE-GO contra o senador Wilder Morais (PL), eleito no ano passado. A sigla contesta supostos gastos considerados ilícitos durante a campanha eleitoral de 2022.
Caso seja acolhida pela Justiça, a ação pode resultar na cassação do senador eleito. Izaura Cristina Cardoso e Hélio Araújo Pereira, 1º e 2º suplente da chapa, também estão na mira da ação.
Segundo aponta o Progressistas, as irregularidades encontradas caracterizariam violação às regras de arrecadação e gastos de recursos, o que justificaria a cassação do registro da candidatura e do diploma do senador e dos suplentes.
O documento aponta ainda que as contas apresentadas pelo senador e pelos suplentes não refletem com fidelidade os gastos da campanha. O que seria usado com a finalidade de ocultar desequilíbrio na disputa eleitoral.
Entre os valores contestados estão irregularidades com voos de helicóptero e locação de imóvel próprio com preço subfaturado, além de divergências entre despesas e prestação de contas junto à Justiça Eleitoral.
O advogado de Wilder, Leonardo Batista aponta que documentos comprovam que os voos de helicóptero foram feitos com valor de mercado e também em relação ao imóvel há documentação, enviada ao Tribunal Regional Eleitoral, com pesquisa de mercado.
Sobre divergências de despesas, o advogado argumenta que foram emitidas notas fiscais em nome de Wilder sem conhecimento do candidato. A maior parte destes documentos foi cancelada.
“Entendemos que essa ação não tem fundamento e é um desrespeito ao resultado das urnas e um desrespeito ao eleitor”, disse ao Jornal O Popular.