PROCON GOIÁS

Planos de saúde devem informar reajuste de 15,5% com antecedência, diz Procon Goiás

Aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no último 27 de maio

Planos de saúde devem informar com antecedência cobrança de reajuste de 15,5% aos segurados (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

Os planos de saúde individuais e familiares poderão aplicar reajuste anual de até 15,5% sobre as mensalidades cobradas dos usuários. O aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e vale para o período de maio de 2022 até abril de 2023. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União no dia 27 de maio. Entretanto, o Procon Goiás recomenda que as operadoras informem sobre a cobrança aos assegurados com antecedência, por meio dos boletos.

O reajuste poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do plano. Porém, apesar do reajuste ser legal, as empresas devem cumprir regras e informar os segurados com antecedência sobre a cobrança por meio dos boletos. Vale ressaltar que se o aumento ultrapassar os 15,5%, que é o teto definido pela ANS, será considerado abusivo.

O superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael, participou de reunião virtual com representantes de dois planos de saúde que operam em Goiás: Unimed e Hapvida. Ele afirmou que órgão vai encaminhar ofícios recomendando às operadoras de saúde para que, antes de conceder o aumento, informem os seus usuários com antecedência e que cumpram rigorosamente as regras. Portanto, os órgãos de defesa do consumidor e até mesmo a Justiça poderão ser acionados.

Vale citar que o índice de 15,5% é o maior dos últimos 22 anos, superando os 13,6% aplicados em 2016. Durante a pandemia da Covid-19, pela primeira vez foi adotado reajuste negativo de 8,1%, em função da queda das despesas assistenciais, já que vários procedimentos eletivos (sem caráter de urgência) foram suspensos como medida para evitar a disseminação do vírus.

De 2020 para 2021, o Procon Goiás registrou aumento de 31% no número de reclamações relacionadas à prestação de serviços pelos planos de saúde. Foram 430 registros em 2020 e 565 em 2021.

O principal problema é a negativa de cobertura de procedimentos, como exames e cirurgias. Segundo o superintendente, a prática pode configurar má prestação de serviço, a depender da análise do contrato com a operadora, e deve ser denunciada ao órgão.