CRÍTICA

PM de Goiás repudia desfile da escola de samba Vai Vai por ‘demonizar policiais’

Segundo o texto, a agremiação tratou a Polícia de forma "desrespeitosa e inadmissível"

Para a PM de Goiás, a 'demonização da polícia' foi feita de forma injusta e tendenciosa. (Foto: reprodução/Instagram)

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) emitiu nota de repúdio contra a escola de samba Vai Vai por ‘demonizar policiais’ durante desfile no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. A apresentação ocorreu sábado de Carnaval (10) e a nota da corporação foi publicada na terça-feira (13). Segundo o texto, a agremiação tratou a Polícia de forma “desrespeitosa e inadmissível”.

O enredo da Vai Vai teve como tema o Hip Hop paulista. Durante o desfile, a escola de samba contou com a presença de rappers, como Mano Brown, Ice Blue e KL Jay, dos Racionais MCs. Na ala ‘Sobrevivendo ao Inferno’, os integrantes seguravam um escudo com o nome “Choque” e usavam fantasia com chifres e asas vermelhas.

Foi exatamente esta ala o alvo das críticas da PM de Goiás. De acordo com a corporação, a Vai Vai transpôs “as fronteiras do bom senso e da responsabilidade, propagando uma interpretação distorcida e tendenciosa das atividades de uma instituição fundamental para a salvaguarda dos direitos e garantias fundamentais”.

A PM lamentou que o fato tenha ocorrido no momento em que policiais militares estavam “comprometidos com a segurança e resguardo de milhões de cidadãos em todas as regiões do país durante as festividades carnavalescas”.

“É crucial reconhecer o papel abrangente da Polícia Militar, não apenas na contenção da criminalidade, mas também na proteção dos valores que sustentam uma sociedade justa e inclusiva […] expressamos nossa solidariedade aos policiais militares de todo o país que, com dedicação e destemor, desempenham suas nobres atribuições em pro da segurança”, finalizou a nota.

Além da PM de Goiás, o sindicato de delegados de São Paulo também repudiou o desfile da Vai Vai. A instituição disse que, ao adotar o enredo, a escola de samba “em nome do que chama de ‘arte’ e de liberdade de expressão, afronta as forças de segurança pública”.