PM inicia recolhimento das pistolas Taurus 24/7 Pro D
A Polícia Militar do Estado de Goiás iniciou, na manhã desta sexta-feira (17), o recolhimento…
A Polícia Militar do Estado de Goiás iniciou, na manhã desta sexta-feira (17), o recolhimento das pistolas Taurus 24/7 Pro D, seguindo a determinação do Termo de Interdição da Auditoria Fiscal do Trabalho do Estado de Goiás. Segundo a corporação, a ação foi acompanhada pelos Auditores Fiscais do Trabalho, Procurador da República e Oficiais da PM designados pelo Comando da Corporação. As devoluções das pistolas continuarão seguindo o cronograma estabelecido pela instituição em conjunto com os Auditores do Trabalho.
O Ministério do Trabalho determinou o recolhimento de 2,5 mil pistolas de uso da PM no dia 31 de outubro. A auditoria durou cerca de três meses e ocorreu em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) para investigar casos de acidentes, incidentes e a documentação da PM relativa a arma de fogo.
Durante o processo, a Auditoria concluiu que as pistolas PT 24/7 PRO D seriam inseguras para a atividade policial e exigiu o recolhimento imediato de todo o lote que o governo de Goiás adquiriu da empresa em 2012.
Defeitos
Os principais defeitos da pistola verificados pela auditoria, em conjunto com peritos da PM-GO, foram: disparos involuntários; disparo ao acionar o desarmador do percussor; falha de ejeção da cápsula ou estojo e travamentos do gatilho e travamento do ferrolho. Além disso, em armas novas foram detectadas rachaduras no carregador; retém do ferrolho quebrado e folgas no desarmador do percussor.
A motivação da auditoria do trabalho foi para preservar a vida e integridade dos agentes da PM e da sociedade para que mais acidentes, até mesmo fatais, não aconteçam. Durante a auditoria, foram colhidos depoimentos de policiais militares e de outras forças de segurança que utilizam a mesma marca. Também foi adquirido informações, dados, denúncias de acidentes e incidentes de policiais de outros Estados para levantar os principais problemas da arma. Em agosto de 2016, a Divisão de Material Bélico da PMGO divulgou relatório técnico com o receio de acidente com tiros e disparos involuntários envolvendo os agentes.
Em nota, a Taurus informou que não foi notificada formalmente da decisão do Ministério do Trabalho e que não teve acesso aos resultados da auditoria. Ainda assim, a empresa afirmou que não existem evidências de que o armamento seja inseguro ou defeituoso e, por fim, disse que está aberta ao diálogo.