PM investiga suposta agressão de policial a homem em Senador Canedo
A Polícia Militar (PM) abriu sindicância para investigar um suposto caso de agressão por um…
A Polícia Militar (PM) abriu sindicância para investigar um suposto caso de agressão por um policial militar a um homossexual, em Senador Canedo. O caso aconteceu em 22 de julho, a investigação teve início logo no dia 23, mas a declaração foi feita pela possível vítima na quinta-feira (12), no âmbito de Correções e Disciplina da PM Goiás.
À PM, o porteiro E.F.P. informou que, no mês passado, estava em uma chácara na cidade com amigos, quando teve início uma discussão. Ele e um colega se agrediram e a PM foi acionada.
Ele disse, ainda, que filmava a abordagem, discutiu com os agentes, foi preso com o colega e teve o celular retirado – quando recuperou o aparelho, os vídeos tinham sido deletados. Eles, então, foram conduzidos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Canedo, quando, “o declarante algemado foi agredido fisicamente com dois socos no peito e um tapa no rosto”.
Ainda segundo a possível vítima, depois da UPA eles foram levados para delegacia, onde ficou por cerca de uma hora e meia no cubículo da viatura, enquanto o colega era ouvido, e os agentes faziam “chacota” da orientação sexual dele. E.F.P., então, assinou um termo de compromisso e comparecimento, na delegacia, e saiu sem ser ouvido.
Defesa de E.F.P.
O advogado de E.F.P., João Lacerda lembra que, no dia da ocorrência, os policias acusaram o cliente dele de desacato. Depois disso, no dia 23, ele já foi ao batalhão para abrir uma sindicância.
“Na ocasião, o escrivão tenente pegou o nome de possíveis testemunhas”, informou o defensor. Segundo ele, na UPA uma enfermeira teria ouvido as agressões. Além disso, o colega com quem E.F.P. brigou também deve depor.
“Ele está indignado e triste. Na quinta, quando prestou as declarações chorou”, lamentou o advogado. Questionado sobre expectativas, João espera justiça, mas reconhece que as provas são poucas. “Eles fecham um cerco para evitar testemunhas.”
PM
O Mais Goiás tenta falar com a Polícia Militar para saber o andamento da sindicância. O portal solicitou por mais de um contato o posicionamento oficial da corporação, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto.