Criminalidade

PM prende irmãos suspeitos de matar e decapitar homem encontrado enterrado no Conjunto Primavera

Os militares chegaram até os suspeitos após um roubo em uma residência. O irmão mais velho confessou a autoria do crime e confirmou a participação do irmão adolescente

Foram presos na noite desta quarta-feira (23) os suspeitos de terem matado e descartado o corpo sem cabeça no Conjunto Primavera, em Goiânia. O corpo foi localizado na madrugada de terça-feira (23) por uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Os suspeitos, que são irmãos, confessaram a autoria do crime e a cabeça da vítima foi encontrada.

Diego Antônio da Silva, 19 anos, foi preso pela PM após um roubo em residência no mesmo bairro onde o corpo foi localizado. Ao ser questionado sobre o homicídio, o mesmo confessou a autoria e relatou que teve a ajuda do irmão, um adolescente de 15 anos.

Para a corporação, Diego relatou que a motivação do crime seria uma suposta ameaça de morte que a dupla havia recebido da vítima, Adenilio Aves de Faria, 31 anos, há um mês. Após a entrevista, ele informou aos militares que a cabeça havia sido jogada em um pasto no Conjunto Primavera e entregou o facão utilizado no crime.

De acordo com a Polícia Militar (PM), após o crime, os policiais do 13º Batalhão iniciaram as diligências na região para esclarecer a autoria do homicídio, momento em que foram informados por populares que os suspeitos seriam moradores da região e se tratavam de dois irmãos.

PRISÃO

Segundo a corporação, durante os trabalhos, as equipes se empenharam em uma ocorrência de uma casa que estava sendo invadida. As equipes foram até o local e foram informadas pelo morador que a casa havia sido roubada por Diego, vulgo “Dieguinho”. Os militares também foram informados que após o roubo, populares se uniram e conseguiram deter o autor.

Após a abordagem e a confissão, Diego Antônio informou aos policiais onde o irmão adolescente estaria, momento em que este foi preso em uma praça do bairro. Posteriormente, os suspeitos levaram as equipes até o local onde a cabeça havia sido jogada e entregaram para a corporação o facão utilizado no crime.

A cabeça, que foi localizada em um pasto no Conjunto Primavera, foi levada para o IML. Os presos, que tem antecedentes por roubo, furto, tráfico de drogas e participação em organização criminosa, foram encaminhados para a Central de Flagrantes, onde posteriormente realizaram os procedimentos junto à Polícia Civil (PC) para a conclusão do caso.

Segundo a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), os irmãos já haviam sido identificados como os autores do crime na manhã de terça-feira (23), motivo em que a corporação já havia solicitado ao Poder Judiciário mandados de prisão e apreensão contra os suspeitos.

A delegada Silvana Nunes, titular da DIH, salienta que os crimes semelhantes a decapitação não possuem relação entre si.

Casos semelhantes

O primeiro caso aconteceu no dia 13 de janeiro quando uma cabeça humana foi encontrada na calçada de um shopping, na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. A cabeça tinha na testa a marcação “TD2” e foi reconhecida visualmente pela família da vítima.

No dia 17 de janeiro, um corpo sem cabeça foi encontrado boiando no Rio Meia Ponte, região Norte de Goiânia. Segundo a Polícia Civil (PC), as suspeitas são de que o cadáver seja da mesma pessoa cuja cabeça foi encontrada nas imediações do referido shopping.  Autoridades aguardam conclusão de laudos do Instituto Médico Legal para confirmar a possibilidade e a identidade do homem.

Na segunda-feira (21), um outro corpo sem cabeça foi encontrado em Hidrolândia. A vítima ainda não foi identificada.

Também na segunda-feira (21), mais uma cabeça humana foi encontrada na Vila Brasília, já em estado de decomposição. O local fica a cerca de 30 quilômetros de onde o supracitado corpo foi descoberto em Hidrolândia. A polícia ainda não tem a identificação da vítima.

Para a Polícia Civil (PC) os crimes não estão inter-relacionados. A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) investiga os casos.