Dois homens foram presos e dois adolescentes apreendidos durante uma manifestação contra as Organizações Sociais (OSs) na educação ocorrida no final da tarde desta quinta-feira (19/05) na Praça Cívica, no Centro de Goiânia. Quatro policiais militares ficaram feridos durante a manifestação.
O supervisor do Comando de Policiamento da Capital (CPC), capitão Paulo de Oliveira Arraes, levou uma pedrada na testa e teve que se submeter a um procedimento cirúrgico. O Major Sandro Botelho rompeu os tendões. O sargento Reginaldo Alves Ribeiro teve queimaduras no braço. O cabo Dureis Manoel dos Santos teve o rosto queimado por um coquetel molotov lançado pelos manifestantes em um ônibus que se aproximava dos pontos de bloqueios feitos por eles com pneus em chamas espalhados pelo asfalto. “São ações criminosas, de lesões corporais e danos ao patrimônio privado, inclusive com aliciamento de menores”, disse o comandante da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves.
O confronto começou por volta das 17h, quando os manifestantes, vindos da Praça Universitária, bloquearam e impediram o trânsito nas vias da Praça Cívica, próximo à Avenida 84, gritando palavras de ordem e dando início aos atos de violência. Uma bomba caseira, conhecida como coquetel molotov, foi lançada contra um ônibus. Uma equipe do Corpo de Bombeiros conseguiu apagar o princípio de incêndio no veículo coletivo e evitar sua explosão. Muitos dos manifestatnes usavam máscaras para não serem identificados e incitavam os policiais com palavrões e chutes. Outros se deitavam no chão.
Neste momento, policiais da 37ª CIPM tentavam conter os manifestantes, quando alguns deles quebraram os cavaletes do SMT que disciplinavam os estacionamentos em torno do palácio.
De acordo com o comandante da 37ª CIPM, major Sandro Cardoso Botelho, 14 policiais da sua unidade estavam na praça, quando constataram que se tratava de ato partidário com intuito violento. Diante das hostilidades, policiais tiveram que reagir, efetuando a prisão de quatro integrantes do movimento. Dois deles maiores de idade: Raphael de Oliveira Santiago, de 23 anos, e Pedro Henrique Linhares, de 20 anos. Outros dois são menores, sendo que um deles não era estudante e disse que apenas estava acompanhando a manifestação. Todos foram conduzidos à Central de Flagrantes, bem como os policiais agredidos.
O comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves, disse que, enquanto os manifestantes não atentaram contra a segurança, os policiais se limitaram a garantir o direito à livre manifestação. “No momento seguinte, houve muita agressão, com o lançamento do coquetel molotov, e apesar de os policiais tentarem negociar com os manifestantes, eles foram irredutíveis”, disse ele.
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Como chegar em casa e dizer para a família que o rosto sangrando foi “adquirido” em uma pacífica manifestação? pic.twitter.com/ZmF4OhswW4
— Coronel Alves (@coronel_alves) 19 de maio de 2016
Chamam isso de liberdade de expressão? pic.twitter.com/wP37nRo7lG
— Coronel Alves (@coronel_alves) 19 de maio de 2016
Rosto queimado em decorrencia de um coquetel molotov. Diante disso, volto a perguntar isso é manifestação pacífica? pic.twitter.com/UmFSuMpOv5
— Coronel Alves (@coronel_alves) 19 de maio de 2016