Pokémon GO mobiliza jogadores em Goiânia; confira os melhores locais para jogar
Locais onde usuários podem se abastecer de itens e capturar monstrinhos raros acabam virando pontos de encontro informais. Site mapeia Pokéstops e ginásios da cidade
Praça Cívica, Parque Vaca Brava, Viaduto da 85, Bosque dos Buritis. O que não falta em Goiânia são pontos icônicos que destaquem suas belezas naturais ou arquitetônicas. Mas além dos fatores meramente turísticos, esses locais ganharam um motivo a mais para serem visitados com o lançamento do aplicativo Pokémon GO no Brasil na noite da última quarta-feira (3/8).
Isso porque o jogo transforma pontos de referência nas cidades — desde simples grafites pintados em algum muro até um grande monumento exposto em uma praça pública — nos chamados Pokéstops. Tratam-se de lugares por onde os jogadores devem passar para coletar pontos de experiência a serem usados no jogo, itens e, quem sabe, também alguns monstrinhos mais difíceis de serem conseguidos.
Os Pokéstops são particularmente atrativos porque, nesses pontos, os jogadores têm a possibilidade de utilizar um recurso que “atrai” pokémon por um breve período de tempo. Outros jogadores que estiverem por perto também podem se beneficiar do efeito, o que possibilita o encontro e socialização daqueles que foram até aquele local com um objetivo em comum.
Além dos Pokéstops, os ginásios também chamam a atenção dos entusiastas. São lugares, mais escassos que Pokéstops onde os jogadores disputam o controle de um “território” em busca de pontos para a equipe na qual se afiliam quando chegam a um determinado patamar dentro do jogo.
Ao implementarem essas funções, o esforço das desenvolvedoras, a Niantic em parceria com a Pokémon Company, foi declaradamente de promover um incentivo a mais para que as pessoas possam conhecer e explorar melhor a sua cidade. E parece que tem dado certo.
O auxiliar de escritório Francisco Joab, por exemplo, não tem economizado a sola dos sapatos em busca de novos pokémon para sua coleção. Aos 25 anos de idade, ele tem se divertido bastante com o novo lançamento da franquia, da qual é fã desde criança. “Eu já estava jogando desde quando vazou o aplicativo, que ainda não tinha saído no Brasil. Agora continuo jogando com a versão oficial”, revela.
Ele conta que um dos melhores pontos que encontrou para desfrutar do aplicativo é a região da Praça Universitária. “Lá tem bastante Pokéstops e também muitos pokémon”, afirma. Ele ressalta que o local já foi descoberto por diversos outros jogadores e acabou se tornando um ponto de encontro informal. “Quando fui lá tinha muita gente mesmo. A polícia inclusive estava fazendo um esquema de segurança”, relata.
Com diversos casos de crimes cometidos contra os jogadores de Pokémon GO no mundo todo – e pelo menos um em Goiânia – todo cuidado é pouco. Mas Francisco garante que a presença de viaturas da polícia na Praça Universitária possibilitou que não apenas ele, mas todos os jogadores presentes pudessem se sentir mais seguros.
O mesmo não aconteceu na Praça Cívica, que também se tornou reduto de potenciais treinadores. “Lá estava mais vazio, não tinha muita segurança. Eu fiquei com medo”, comenta.
A Polícia Militar também está preocupada com a segurança dos jogadores. A corporação orienta a população a não utilizar os celulares em locais ermos e escuros e pede ainda que crianças estejam sempre acompanhadas de adultos durante a caça aos bichinhos.
Mapeamento
Enquanto muitos precisam (ou simplesmente preferem) se deslocar grandes distâncias para fazer bom proveito do Pokémon GO, o gestor de qualidade e processos Flávio Carvalho tem usufruído do jogo sem ter que fazer muito esforço ou se arriscar demais. “Aqui na área perto do meu trabalho, no Setor Leste Vila Nova, tem bastante. Tem um Pokéstop aqui do lado e mais quatro do outro lado da rua”, diz.
Graças a essa facilidade, ele já chegou ao nível 7 no jogo e tem mais de 50 monstrinhos em sua coleção, mas reclama que ainda não achou um bom lugar para conseguir as criaturas mais raras. “A maioria dos que eu encontro são os mais comuns, como Zubat. Com um pouco de sorte eu acho uma Clefairy, mas não passa disso”, ressalta.
Para facilitar a vida de quem não tem a mesma sorte de Flávio e que, assim como ele, também quer encontrar os Pokémon mais raros e se abastecer de itens, alguns sites mapeiam a localização de todos os Pokéstops e ginásios implementados no jogo. O mais famoso é o Pokémon GO Map.
Em uma rápida vasculhada na página, nota-se que locais como a Praça Cívica e até mesmo o cemitério Santana, no Setor dos Funcionários – com suas diversas esculturas e jazigos – são alguns dos que concentram a maior quantidade de Pokéstops por metro quadrado. Porém, de fato, nesse quesito não dá para tirar a coroa da Praça Universitária: são quase 30 Pokéstops e três ginásios nas proximidades.
Outros locais deixam a desejar. É o caso, por exemplo, dos parques Flamboyant e Lago das Rosas, com menos de cinco Pokéstops nas redondezas de cada um. O Estádio Serra Dourada conta com um único atrativo. O Areião faz melhor: há seis localizados em sua parte mais ao sul.
Quem estiver atrás de ginásios também têm onde se esbaldar. Há quatro localizados nos arredores do Setor Sol Nascente e outros quatro, bem pertinhos uns dos outros, no Setor Bueno, próximo ao Sesc. Outra opção é o Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde há dois praticamente colados um no outro.
Enfim, as possibilidades são muitas e, agora, mais do que nunca, há motivos de sobra para explorar e conhecer melhor a sua própria cidade. O lance é não se empolgar demais com o jogo e descuidar da própria segurança.
Aos aventureiros, não deixem de manter seus celulares carregados, escolham bem seus próximos destinos e boas caçadas!