Coluna do João Bosco Bittencourt

Polêmica: construção de grandes resorts em Pirenópolis pode ser liberada

Juíza revoga própria decisão que impedia novos empreendimentos imobiliários na cidade turística

O novo plano diretor de Pirenópolis continua provocando polêmica. Depois de decidir pela proibição da construção de resorts na cidade turísticas, a juíza Renata Farias Costa Gomes, da 2ª Vara de Direito Cível, voltou atrás e revogou a própria decisão de não permitir que a Câmara de Vereadores faça a votação do novo ordenamento urbanístico de Piri. Assim, a matéria segue para apreciação no legislativo pirenopolino. A tendência é que abrir novos empreendimentos imobiliários sejam liberados, como é o desejo da prefeitura municipal.

Se aprovada, a nova lei permitira o aumento de 66% da zona urbana do município. Conhecido nacionalmente e até no exterior pelas Cavalhadas, cachoeiras e centro histórico, hoje o município rei uma área urbana de 25,97 km2. Mas pode alcançar quase o dobro (43,24 km2), com o novo plano.

Pirenópolis é uma das cidades históricas mais antigas de GoIás, com 295 anos. Primeiro como Meia Ponte, foi fundada por portugueses na corrida pelo garimpo do ouro em 1727. Viveu o esplendor e depois decaiu, até ser descoberta no século passado pelos turistas, em especial de Brasília. A partir daí, começou a especulação imobiliária, com lançamento de resorts com centenas de suítes dentro do perímetro urbano.

Hoje, estão sendo erguidos são ao menos três condomínios em construção que contam com centenas de lofts em sistema de time share, que causou protestos da população mais tradicional da cidade e até do Ministério Público. O debate acabou na Justiça, com idas e vindas até a mais recente sentença.