SOB INVESTIGAÇÃO

Polícia acredita que esteticista não foi a entrevista de emprego antes de morrer

Delegada Ana Paula Machado adiantou ser pouco provável que a mulher tenha participado de alguma entrevista de emprego e confirmou que ela não solicitou nenhum motorista de aplicativo

A morte da esteticista Juscelia de Jesus Silva, de 32 anos, está sendo investigada pela Polícia Civil. Ela foi encontrada sem vida no domingo (19) na GO-469, em Abadia de Goiás, mas estava desaparecida desde terça-feira (14), quando saiu de casa para uma entrevista de emprego em Goiânia. A delegada responsável pelo inquérito, Ana Paula Machado, adiantou ser pouco provável que a mulher tenha participado de alguma entrevista de emprego e confirmou que ela não solicitou nenhum motorista de aplicativo.

De acordo com a delegada, a polícia trabalhava inicialmente com a hipótese do desaparecimento de Juscelia. No entanto, como o corpo da mulher foi encontrado enrolado um saco plástico preto e completamente despido, a polícia passou a tratar o caso como crime de homicídio. A Polícia Científica informou que a identificação da vítima aconteceu por meio das digitais colhidas.

Corpo encontrado em rodovia é de mulher que desapareceu ao sair para entrevista de emprego

Inicialmente, a família de Juscelia informou que ela deixou sua residência pela manhã para comparecer a uma entrevista de emprego em uma clínica estética perto do Parque Macambira. A mulher também compartilhou com uma amiga que estava sentindo dores de cabeça naquele mesmo dia e que, depois da entrevista, iria ao hospital.

Às 12h40, Juscelia informou ao marido que ele não precisava buscá-la no local da entrevista de emprego, pois ela chamaria um motorista de aplicativo para retornar para casa. Desde então, Reginaldo Nunes Moura diz que não teve mais notícias de sua companheira.

De acordo com a delegada Ana Paula Machado, a polícia procurou várias clínicas de estética da região e confirmou que Juscelia não compareceu a nenhuma delas. Além disso, foi confirmado que a mulher não solicitou nenhum motorista de aplicativo.

Segundo a investigadora, a apuração está em estágio avançado e, neste momento, a equipe tem analisado câmeras de segurança e informações adquiridas por meio do serviço de inteligência da corporação.

A expectativa é que em poucos dias o inquérito seja concluído. Isso porque, as investigações seguem mesmo durante o feriado de Carnaval.

Em nota, a Polícia Civil informou que “nenhum detalhe concernente ao caso será passado neste momento visando não atrapalhar as investigações e diligências em curso”. E, ainda, que a “PCGO manifestará em momento oportuno”.

Juscelia nasceu em Riacho de Santana, na Bahia, mas já estava em Goiânia há 17 anos com o marido. Ela deixou uma filha de nove anos.