Polícia aguarda laudo que comprove abuso sexual contra coordenadora em escola de Goiânia
A Polícia Civil investiga um suposto caso de estupro contra a coordenadora do Centro de…
A Polícia Civil investiga um suposto caso de estupro contra a coordenadora do Centro de Ensino Severiano de Araújo, em Goiânia. O abuso sexual teria sido cometido dentro da unidade de ensino, por um vigilante que trabalhava no local, e com a ajuda da diretora da instituação. A delegada do caso, Cássia Costa Sertão, explicou que aguarda o resultado de um exame pericial para prosseguir com a apuração dos fatos. O laudo deverá comprovar se houve estupro, já que a vítima não se lembra dos fatos por ter sido dopada no momento do crime.
A vítima alega que, como estava dopada, só soube do crime por conta de vídeos do momento do abuso, que teriam sido vazados. A coordenadora ainda afirma que as gravações foram feitas pela diretora da escola. Na versão da vítima, as imagens supostamente a mostram desacordada e também expõem que o vigilante estava com o órgão sexual no rosto dela.
A delegada do caso, entretanto, enfatizou que, até o momento, a polícia não encontrou nenhum vídeo do crime. Além disso, ressaltou que não houve vazamento das imagens. De acordo com a investigadora, todos os aparelhos celulares dos envolvidos foram recolhidos para análise, mas nenhum vídeo foi localizado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, testemunhas do caso estão sendo ouvidas.
O caso é tratado como estupro de vulnerável, justamente porque a vítima alega que não estava em condições de tomar qualquer decisão.
Estupro contra coordenadora: vítima diz que sofre com ameaças
Ao Mais Goiás, a vítima, que não terá o nome divulgado, disse que os crimes ocorreram no mês de janeiro e fora do horário do expediente. Na ocasião, a vítima alega ter sido dopada pela diretora da escola e abusada sexualmente pelo vigilante.
“Ela mesmo me confessou que tinha me dado bala. Eu apaguei, perdi os sentidos. Até então, não sabia do abuso. Fui descobrir mais tarde, depois de ser ameaçada pelo autor e ver vídeos do crime”, disse a vítima.
A coordenadora disse que sofre com ameaças desde que decidiu expor o caso. Ela, inclusive, solicitou por medida protetiva contra os dois suspeitos.
“Tenho três filhas e não tenho mais paz. Estou sendo perseguida e ameaçada. Estão querendo me destruir. Me difamaram para toda a escola, inclusive para os alunos. Só quero justiça”, pediu.
Diretora nega o crime
Também em entrevista ao portal, a diretora negou os fatos e chamou a denúncia de caluniosa.
“Pedi que a Polícia olhasse as câmeras da escola e até meu celular. Tenho sido hostilizada. Fui afastada do meu cargo e tive que mudar de casa. Só quero que a verdade apareça”, ressaltou.
Consequências
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que todos os envolvidos foram afastados das funções “para que não houvesse prejuízo à comunidade escolar”. A pasta ainda informou que instaurou uma auditoria no colégio para apurar o ocorrido.
O vigilante teve seu contrato encerrado, enquanto a coordenadora e diretora foram afastadas temporariamente.
A reportagem não conseguiu localizar o vigilante e nem a defesa dele para manifestação.