Polícia aguarda novo laudo para confirmar componentes de sabão em pó encontrado na Semas
A Polícia Civil (PC) aguarda o resultado de um novo laudo para verificar se as…
A Polícia Civil (PC) aguarda o resultado de um novo laudo para verificar se as informações que constam na embalagem dos sacos de sabão em pó condizem com os componentes presentes na mistura do produto. Um laudo preliminar, feito pela Polícia Técnico-Científica, confirmou que o pó era realmente o produto de limpeza e não sal, como havia sido denunciado por um vereador.
De acordo com o delegado da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), Webert Leonardo, o novo laudo também vai analisar outras questões, que não foram ditas pelo delegado para não atrapalhar as investigações. Segundo ele, a regularidade da empresa que forneceu o produto e questões contratuais serão avaliados.
O caso veio à tona após uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) apurar possíveis irregularidades na compra de uma tonelada do produto pela Semas. O presidente da CEI, Felizberto Tavares (PR), recebeu uma denúncia, no último dia 12 de junho, de que o produto seria na verdade sal misturado com algum tipo de corante. Durante a ação, o vereador chegou a colocar o pó na boca e afirmou que realmente se tratava do tempero.
A corporação lavrou um boletim de ocorrências e realizou a apreensão de 905 quilos do produto que estavam divididos em sacos de três e cinco quilos. Eles estavam armazenados no almoxarifado da secretaria, que fica no Setor Aeroporto. Inicialmente, a PC classificou o produto como “estranho” e descartou a possibilidade de ser sabão em pó, mas também descartou o produto se tratasse de sal.
O secretário de Assistência Social, Mizair Lemes Júnior, disse que recebeu a informação do laudo com tranquilidade e que a secretaria colabora para que tudo seja esclarecido. “Após a denúncia, fomos nós da secretaria que contatamos a Polícia Técnico-Científica para que fosse feito a verificação do produto e apurações necessárias”, destaca.
Mizair destaca que ainda há 200 sacos de cinco quilos do sabão armazenados no almoxarifado da Secretaria. Segundo ele, o produto tem sido utilizado e foi substituído por outra marca. O secretário também pontuou que respeita e apoia o trabalho dos parlamentares sobre a investigação da compra do produto.
“Acreditamos muito no trabalho dos vereadores, mas ficamos inseguros com a acusação do produto se tratar de sal sem ter um resultado de um laudo que comprovasse isso. Pedimos cuidado para os parlamentares espalhar uma notícia tão séria dessas sem se confirmar a fraude”, ressalta.
O Mais Goiás entrou em contato como vereador Felizberto Tavares, mas as nossas ligações não foram atendidas.