Polícia apreende 4 mil fraldas sem nota fiscal em chácara de vereador de Luziânia
Ao Mais Goiás, o vereador afirmou que a procedência da mercadoria foi confirmada na delegacia; delegado nega
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) apreendeu, na noite da última terça-feira, 2, cerca de 4 mil fraldas descartáveis que estavam na chácara do vereador Aderbal Sousa (Podemos), de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. A mercadoria não tinha notas fiscais e a suspeita da PC-GO é a de que as fraldas sejam parte de uma carga roubada.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Rafael Abrão, a ação ocorreu a partir de uma denúncia anônima.
Ao Mais Goiás, Aderbal disse que a entrada dos policiais na sua propriedade e a e apreensão das fraldas aconteceu sem a apresentação de mandado. Além disso, o vereador argumentou que as fraldas possuem notas fiscais e que a procedência da mercadoria teria sido constatada pelo próprio delegado. “Meu advogado pediu para eles concluírem o caso para o entrar com um processo. O delegado puxou o código de barras e viu a procedência das fraldas. O próprio delegado concluiu, desde ontem.
Questionado sobre a afirmação do vereador Aderbal Sousa de que a Polícia Civil havia agido em sua chácara, o delegado Rafael Abrão declarou que o documento judicial não era necessário no caso em questão, uma vez que se tratava de um flagrante durante averiguação de uma denúncia.
“A gente estava lá apurando uma denúncia de carga roubada. Como a gente verificou que a carga estava no local, isso sim legitima a ação da polícia de entrar no local, que no caso era uma chácara. Estava em flagrante delito” explicou Abrão.
Notas fiscais
Quanto à afirmação do vereador de que a procedência das fraldas havia sido confirmada na delegacia, o delegado Rafael Abrão negou veementemente e informou que o advogado de Aderbal alegou que somente apresentará as notas fiscais após o fim das investigações.
“Em momento algum ele apresentou nota fiscal. O advogado dele compareceu na delegacia hoje [3] e falou que só vai apresentar as notas ao final da investigação, mas em momento algum ele apresentou [a nota fiscal”, concluiu.
A Polícia Civil segue investigando o caso.