Polícia apreende armas em ação que prendeu ex-superintendente de Formosa
Operação tem o objetivo conseguir mais elementos para concluir uma investigação do começo deste ano, diz delegado
A Polícia Civil (PC) apreendeu, nesta quarta-feira (6), três armas de fogo, sendo uma espingarda calibre .22 (com mira e supressor de ruído), uma espingarda calibre .26 e uma espingarda calibre .12, além de diversas munições dos mesmos calibres em um assento rural em São João D’Aliança. A ação faz parte da mesma operação que resultou na prisão de um ex-superintendente da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) de Formosa e a assessora dele, uma Guarda Civil Municipal, suspeitos de corrupção passiva na Superintendência de Trânsito.
Sobre o desdobramento da ação, o Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) da PC cumpriu mandados de busca e apreensão no Assentamento Santa Maria, em São João D’Aliança. Segundo o delegado regional de Formosa, José Antônio Sena, a operação tem o objetivo conseguir mais elementos informativos para concluir uma investigação do começo deste ano, com denúncias de corrupção passiva por servidores da Superintendência Municipal de Trânsito do município. “A investigação se concluirá no menor lapso temporal possível”, garante.
Segundo já noticiado pelo Mais Goiás, o superintendente e sua assistente teriam um esquema que supostamente arrecadava cerca de R$ 15 mil, ao liberarem veículos irregulares mediante a pagamento indevido. Os crimes ocorreram no ano passado, segundo a Polícia Civil.
Como funcionava o esquema de corrupção?
Segundo os investigadores, os suspeitos recebiam veículos apreendidos por irregularidades administrativas. Em teoria, esses veículos só poderiam voltar à circulação caso regularizassem as pendências administrativas, por exemplo o pagamento de multas.
No entanto, os suspeitos cobravam dos proprietários um valor indevido e bastante acima do mercado para liberarem os automóveis sem a necessidade da regularização dele. Ou seja, um veículo que havia sido apreendido de forma correta, acabava por voltar às ruas sem que o problema fosse resolvido.
De acordo com o delegado José Antônio Sena, estima-se que os suspeitos cobravam entre R$ 500 e R$ 800 pela liberação dos automóveis. E, em geral, recebiam por mês cerca de 20 veículos. Mensalmente, então, os investigados teriam arrecadado até R$ 15 mil por mês.
Porém, o investigador ressalta que esse valor ainda pode ser atualizado. Isso porque, a investigação ainda não soube precisar há quanto tempo o esquema criminoso acontece.