Polícia apreende armas ilegais e drogas na casa de guardas civis suspeitos de execução
Uma pistola sem registro, outra com a numeração raspada, e algumas porções de drogas foram…
Uma pistola sem registro, outra com a numeração raspada, e algumas porções de drogas foram apreendidas pela Polícia Civil em residências de três guardas civis de Aparecida de Goiânia que foram presos nesta quinta-feira (23) junto com oito colegas de farda. Investigações apontam que 11 integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Aparecida de Goiânia extorquiram e mataram, há quatro anos, um homem que já havia sido preso por tráfico de drogas.
Com um disparo na cabeça, o corpo de Maciel Batista de Oliveira foi encontrado na Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia, no dia 27 de outubro de 2017. Ao investigar o caso, a Polícia Civil descobriu que, no dia anterior, a vítima foi abordada por duas equipes da Rondas Ostensivas Municipais (ROMU), da GCM de Aparecida de Goiânia, no momento em que tomava banho com amigos em um córrego no Jardim Tiradentes.
Guardas civis suspeitos de execução queriam R$ 20 mil, diz investigação
Testemunhas contaram que os guardas, que sabiam que Maciel já tinha sido preso anteriormente por tráfico, indagaram se ele tinha armas ou drogas, e, mesmo após a resposta negativa, e nenhum ilícito ter sido encontrado durante a revista, o colocaram no cubículo da viatura, e deixaram o local. “As investigações mostraram que no trajeto entre o córrego e a Serra das Areias, os guardas teriam exigido a quantia de R$ 10 mil para liberarem Maciel, mas como ele afirmou que conseguiria arrumar apenas R$ 2 mil, foi morto com um tiro na cabeça, e teve o corpo abandonado”, descreveu a delegada Paula Meotti, chefe de comunicação social da Polícia Civil de Goiás.
Ao final do inquérito, caso sejam comprovadas as suspeitas, os 11 guardas serão indiciados por tortura, extorsão mediante sequestro, e homicídio qualificado. Durante o cumprimento dos 11 mandados de prisão, e 11 de busca e apreensão, dois deles foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, e um por tráfico de drogas. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Segurança Pública de Aparecida de Goiânia afirmou que não foi acionada sobre a operação, mas que está à disposição para colaborar com as investigações.