Polícia apreende pistola que teria sido usada na chacina em Itapaci
Inquérito concluído nesta semana mostra que mentor do crime de Itapaci mandou executar todas as pessoas que estavam na casa para que não testemunhassem contra ele
Com a apreensão da pistola que teria sido usada nas execuções, e a prisão de mais dois suspeitos, a Policia Civil concluiu, e remeteu ao Poder Judiciário nesta sexta-feira (9), o inquérito que apura uma chacina que deixou cinco mortos no ano passado em Itapaci, na região central de Goiás.
O mentor do crime, que segundo as investigações ordenou o assassinato de todas as pessoas que estavam na casa para não ser reconhecido e denunciado posteriormente, morreu na quarta-feira (7), durante confronto com agentes da Delegacia Estadual de investigação de Homicídios (DIH).
Os dois últimos acusados de participação no crime, ocorrido em 23 de agosto de 2023, foram presos na quinta-feira (8), em Cidade Ocidental, e em Itapaci, onde os agentes da DIH encontraram, enterrada no quintal de uma residência, uma pistola calibre Nove Milímetros, e três carregadores. A arma, segundo os quatro envolvidos que já estão presos, foi usada na execução das cinco pessoas que estavam na casa, e teria sido enterrada a mando do mentor do crime.
Entre os mortos na chacina, havia uma garota de 17 anos, que estava grávida. O bebê dela também morreu. Outra adolescente, de 14 anos, que também estava no imóvel, foi baleada, mas fingiu estar morta, e sobreviveu.
Pelo que foi apurado, o alvo dos atiradores seria apenas um jovem de 22 anos, mas o mentor do crime, Jonny Cleney de Lima, ordenou que todos os que estivessem no imóvel também fossem executados.
“O Jonny e essa vítima, de 22 anos, haviam brigado em uma festa agropecuária que aconteceu duas semanas antes, e, quando entrou na casa para mata-lo no dia 23, ele ordenou aos dois comparsas para que não deixassem ninguém vivo, pois poderiam reconhecê-los posteriormente”, descreveu o delegado Marcus Cardoso, da DIH.
Confronto com a PM
Os dois jovens que segundo as investigações entraram na casa junto com Jonny morreram três dias depois, durante confronto com militares da Companhia de Policiamento Especializado (CPE), perto de Itapaci. Na ocasião, dois revólveres foram apreendidos com ele.
Na sequência das investigações, a Policia Civil prendeu, no ano passado, outros dois envolvidos no crime. Já o mentor da chcaina, Jonny Cleney, passou seis meses foragido, e, quando localizado, na quarta-feira (6), no Distrito de Girassol, no Entorno do Distrito Federal, morreu após disparar com uma pistola calibre Ponto 40, contra os policiais da DIH. Na casa dele, os agentes encontraram quatro peças de maconha.
Os quatro presos durante as investigações, segundo a polícia, não entraram na casa, mas tem ligação direta com a chacina, como no fornecimento, e no esconderijo das armas, e também na logística da chegada, e na fuga dos executores. Nomes e idades deles não foram divulgados.