Polícia apura 50 casos de violência contra idosos só em Goiânia
Durante operação desencadeada nesta sexta-feira em todo o Brasil, policiais civis fizeram visitas para confirmar se medidas protetivas estão sendo cumpridas
Durante operação que foi desencadeada nesta sexta-feira (4), em todo o Brasil, policiais civis visitaram algumas residências em Goiás para verificar se medidas protetivas, decretadas pela justiça para preservar a integridade física de idosos, estão sendo cumpridas. Em dois meses de investigações, a Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso abriu, somente em Goiânia, 50 procedimentos para averiguar casos de violência.
Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Operação Vetus, tem, como propósito, combater crimes de violência contra o idoso nos 26 estados brasileiros, e também no Distrito Federal. O chamado dia D da operação aconteceu hoje, mas as investigações começaram no último dia 1º de outubro, data em que se comemora o Dia do Idoso.
Desde então, a Polícia Civil de Goiás apurou mais de 130 denúncias, sendo 50 delas somente em Goiânia. “É bom deixar claro que quando se diz violência contra o idoso, não estamos falando apenas de casos de agressão, mas também de violência psicológica, financeira, além de maus tratos”, destacou o delegado Alexandre Alvim, da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso de Goiânia.
Durante as investigações, a Polícia Civil solicitou, e a justiça decretou medidas protetivas a vários idosos em Goiás, impedindo que familiares suspeitos de agressão se aproximassem deles. Em um dos lares visitados hoje em Goiânia, os agentes encontraram um idoso vivendo em situação de completo abandono, no meio de uma grande quantidade de entulhos e lixo. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMAS) foi acionada, e já está cuidando do caso.
O delegado disse que toda e qualquer denúncia que chega ao conhecimento da polícia é investigada, e solicitou que caso alguém tenha conhecimento de algum fato, que comunique, pelos telefones 197 (Polícia Civil), ou 100, que é o telefone do Ministério da Mulher, Família, e Direitos Humanos. O denunciante não precisa se identificar.