Polícia apura contradições no assassinato de empresária em Aparecida de Goiânia
Nem a prisão do suposto mandante e de dois executores faz com que a Polícia…
Nem a prisão do suposto mandante e de dois executores faz com que a Polícia Civil tenha certeza de que a empresária Shirley da Silva Gonçalves, de 35 anos, que foi assassinada dentro de casa na frente do marido e de dois filhos na madrugada da última quinta-feira (4), foi mesmo vítima de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Algumas contradições durante as investigações ainda intrigam o delegado do 4º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, Diogo Barreira.
Funcionário de um restaurante onde o marido de Shirley trabalhava como gerente, Josué de Sousa Mota, de 22 anos, foi preso suspeito de ter arquitetado o roubo. Além dele, a polícia prendeu Bruno Teixeira dos Santos Neto, de 21 anos, e Pedro Henrique Batista Goulart, de 24 anos. Os dois, segundo as investigações, invadiram a casa, que fica no Jardim Buriti Sereno, para roubar R$ 7 mil, e ao serem surpreendidos com a chegada do casal e dos dois filhos deles, mataram Shirley com dois tiros.
“A princípio dois assaltantes que foram presos no dia seguinte ao crime contaram que o Josué falou para eles que sabia que o marido da Shirley guardava dinheiro em casa para o pagamento dos funcionários, ocasião em que arquitetou o roubo, e convidou Bruno e Pedro Henrique para executá-lo. Mas funcionários e familiares da Shirley contaram aqui que nunca ouviram o marido dela falar sobre dinheiro guardado em casa para ninguém”, relatou.
No momento em que Bruno e Pedro Henrique foram reconhecidos na delegacia pelo filho mais velo do casal, mesmo estando com parte dos rostos cobertos com camisas no momento do roubo, o marido da vítima, segundo Diogo Barreira, afirmou que não eram eles. “Nós ainda não sabemos quanto tempo os dois criminosos ficaram na casa, mas precisamos entender porque o Bruno e o Pedro Henrique, que invadiram o imóvel pulando o muro quando não tinha ninguém lá dentro, e já haviam conseguido pegar o dinheiro, ficaram esperando o casal retornar”, continua o titular do 4º DP.
Há a possibilidade também, ainda de acordo com Diogo Barreira, que Pedro Henrique tenha atirado em Shirley devido ao fato dela ter gritado pelo filho menor, que tem o mesmo nome dele. “Ainda temos alguns dias para concluir a investigação, por isso não posso adiantar nada que porventura venha a prejudicar o inquérito”, finalizou.
A princípio, Josué, Bruno e Pedro Henrique responderão por latrocínio, crime que tem pena prevista de 20, a até 30 anos de reclusão.