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Polícia apura suposta ameaça de ‘massacre’ em Universidade de Goiânia

Aluno foi suspenso e prestou depoimento à corporação na manhã desta segunda-feira (16). Equipes da PM estiveram na unidade

Aluno diz que foi 'mal interpretado' sobre massacre em Universidade de Goiânia (Foto: reprodução)

A Polícia Civil investiga uma suposta ameaça de ‘massacre’ em uma Universidade privada, localizada na BR-153, em Goiânia. Segundo informações de estudantes da instituição, um aluno do 1º período do curso de Ciência da Computação teria enviado mensagens dando a entender que poderia cometer algum tipo de crime na unidade de ensino. O estudante, de 19 anos, foi suspenso e prestou depoimento às autoridades policiais na manhã desta segunda (16).

De acordo com relatos de alunos da universidade, na sexta-feira (13), o estudante causou pânico ao questionar, em um grupo do WhatsApp, quem as pessoas poupariam em caso de um massacre na instituição.

Com medo, alguns colegas de turma buscaram entender o motivo do questionamento do aluno. Em resposta, o jovem disse não ter intenção de realizar o massacre, mas queria ver a reação das pessoas diante de um tabu (a morte).

Os estudantes relataram ao Mais Goiás que, por ser semana de prova, os acadêmicos ficaram aflitos com a situação, já que a Universidade deve ficar cheia. “Ficamos com medo e preocupados por não saber o desenrolar da história. Aparentemente ninguém o conhece direito”, disse uma aluna à reportagem.

Nas redes sociais, uma colega de turma do suspeito afirmou que as pessoas ficaram assustadas. “Muitos alunos já presenciaram situações de massacre, então ficaram com medo de vivenciar tudo novamente. Não só eles, mas todos da turma”, escreveu.

Investigação

Após a repercussão, o estudante teria enviado um email pedindo desculpas aos colegas. “Peço desculpas a todos que se sentiram ofendidos. Aquela pergunta teve repercussão negativa e serviu de gatilho para alguns alunos. Penso que haja maneiras melhores e menos monstruosas de se avaliar a natureza de alguém. Eis aqui a minha retratação”, lê-se em uma mensagem atribuída ao acadêmico.

O caso foi levado à Polícia Civil e registrado no 17º Distrito Policial (DP). O aluno, de 19 anos, estava acompanhado da mãe e foi ouvido pela corporação. Equipes da Polícia Militar (PM) estiveram na Universidade para averiguar a situação.

Segundo a PC, também foi lavrado um Termo de Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo artigo 41 da Lei de Contravenções Penais (provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto).

O que diz a Universidade

Por ligação, a Universidade Paulista (Unip) Campus Flamboyant informou que ainda não tem um posicionamento oficial, mas que tem apurado o fato.