Polícia Científica diz que perita de Caldas Novas (GO) que forjou atentado pode ser presa
A Polícia Técnico-Científica (SPTC) informou ao Mais Goiás, por nota, que a perita criminal e…
A Polícia Técnico-Científica (SPTC) informou ao Mais Goiás, por nota, que a perita criminal e chefe do Núcleo de Polícia Científica de Caldas, Káthia Mendes, vai responder criminal e administrativamente por seus atos, podendo perder o emprego e até ser presa. A posição vem após a Polícia Civil (PC) concluir que a mulher planejou o próprio atentado com a ajuda de um comparsa, que também irá responder. Ambos confessaram.
“A Polícia Científica reforça que de forma alguma coaduna com condutas desta natureza; e ao mesmo tempo registra que a Perita Criminal irá responder por todos os seus atos, tanto no âmbito Criminal (bem como seu comparsa), quanto no âmbito da Corregedoria de Polícia; com penas que podem chegar a mais de 12 anos, e com a possível perda do cargo, uma vez comprovados todos os elementos já obtidos em sede de Investigação Policial”, informou a PTC.
Ainda segundo a Polícia Técnico-Científica, o resultado da investigação surpreendeu a todos. “Choque ainda maior por conta do dever inerente às suas carreiras – em especial a de Perito Criminal – qual seja, o de dizer sempre a verdade.”
Vale lembrar, a perita criminal foi baleada no peito em Caldas Novas, na noite de quinta-feira. Ela estava em seu carro no momento em que foi atingida, segundo a Superintendência da PTC. Bombeiros foram acionados para prestar os primeiros socorros e encaminharam a Káthia consciente para atendimento hospitalar em local não revelado. De acordo com a SPTC, ela passou por cirurgia e não corre risco de morte.
Investigação
Segundo a polícia, um ex-servidor que trabalhava com a perita disse que foi responsável por atirar contra a mulher a pedido dela. Conforme nota divulgada neste sábado (12), o homem informou que retornou ao posto da SPTC em Caldas Novas, onde, no dia seguinte ao atentado, guardou a arma no mesmo armário com as chaves fornecidas pela perita.
“A arma foi apreendida pelas equipes da Polícia Civil no local por ele indicado, dentro do Posto de Atendimento da SPTC em Caldas Novas, que era coordenado pela perita.” A perita, além de confessar, apresentou mais detalhes da ação, segundo a polícia. O inquérito policial será finalizado e encaminhado ao Judiciário.
Ao Mais Goiás, a polícia informou que ela planejou o ataque contra si mesma para conseguir um reposicionamento dentro da instituição. “Mais detalhes sobre isso serão informados em momento oportuno pela autoridade policial.”
Confira a nota da Polícia Civil na íntegra:
“A Polícia Civil de Goiás, por meio da equipe do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas e da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), resolveu, em menos de 24 horas, o caso da perita criminal Káthia Mendes Magalhães, baleada na última quinta-feira (10).
A equipe policial empreendeu diversas diligências para esclarecer o caso o mais rápido possível, tratando-se de uma possível ameaça grave a vida de uma integrante das forças de segurança do Estado.
Inicialmente, foram identificadas testemunhas que afirmaram terem sido procuradas pela perita há um mês com a proposta de forjar um atentado contra ela para facilitar sua remoção. Como as testemunhas não aceitaram, o plano não foi executado.
Após, chegou-se a um homem, ex-servidor que trabalhava com ela, que confessou ter atirado contra a perita a pedido dela, na última quinta-feira. Ele utilizou um revólver calibre .32 que lhe foi entregue pela mulher no dia do atentado forjado. A arma estava apreendida para realização de perícia.
Afirmou, ainda, que retornou ao posto da SPTC em Caldas Novas, onde, no dia posterior ao crime, depositou a arma no mesmo armário utilizando-se das chaves fornecidas pela perita. A arma foi apreendida pelas equipes da Polícia Civil no local por ele indicado, dentro do Posto de Atendimento da SPTC em Caldas Novas, que era coordenado pela perita.
A perita confessou, mediante a apresentação por parte da PCGO das provas contundentes colhidas durante a investigação, ter planejado o ataque a si mesma, além de apresentar mais detalhes da ação.
A PCGO, a partir disso, apreendeu a arma de fogo utilizada no crime, bem como os celulares da investigada.
A Polícia Científica apoiou todo o processo investigativo da Polícia Civil de Goiás.
O inquérito policial será finalizado e encaminhado ao Judiciário.
Polícia Civil de Goiás, investigar para proteger.”
Confira a nota da SPTC na íntegra:
“A Polícia Técnico-Científica (SPTC) informa que o caso da Perita Criminal Káthia Mendes Magalhães, baleada na cidade de Caldas Novas no último dia 10, foi solucionado em pouco mais de 24h por força-tarefa que envolveu equipes policiais civis do GIH–Caldas Novas, da 19ªDRP–Caldas Novas e da DIH.
No curso das diligências policiais, após versão que deixava uma série de questões no ar, a Perita Criminal confessou ter planejado o ataque a si mesma, em conluio com um ex-servidor da unidade que ela mesma – até então – coordenava. Indivíduo esse, que foi o autor do tiro. A Perita Criminal indicou inclusive, o local em que a arma estaria escondida, o que restou comprovado na data de ontem (11) durante diligência da Polícia Civil (PC-GO).
Ademais, a Polícia Científica reforça que desde que foi informada do ocorrido, tomou todas as medidas cabíveis no sentido de fornecer o apoio necessário à sua servidora policial; e atuou de modo totalmente integrado às demais forças policiais e de salvamento de Goiás (Polícias Civil, Militar, Penal e Corpo de Bombeiros Militar), fornecendo-lhes todas as informações que pudessem contribuir com o esclarecimento do caso.
Razão pela qual, assim como todos, surpreendeu-se com o resultado dos fatos até então apurados; choque ainda maior por conta do dever inerente às suas carreiras – em especial a de Perito Criminal – qual seja, o de dizer sempre a verdade.
Por fim, a Polícia Científica reforça que de forma alguma coaduna com condutas desta natureza; e ao mesmo tempo registra que a Perita Criminal irá responder por todos os seus atos, tanto no âmbito Criminal (bem como seu comparsa), quanto no âmbito da Corregedoria de Polícia; com penas que podem chegar a mais de 12 anos, e com a possível perda do cargo, uma vez comprovados todos os elementos já obtidos em sede de Investigação Policial.”