Polícia Civil desarticula quadrilha que comandava tráfico de drogas de dentro da cadeia
Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão, além de investigação sobre homicídios relacionados ao tráfico de drogas em Goiânia
Nesta quarta-feira (10), a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), desencadeou a Operação Cárcere, que teve como alvo detentos da Casa de Prisão Provisória (CPP) e da Penitenciária Odenir Guimarães (POG). Na ação, foram cumpridos oito mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão.
De acordo com a Polícia Civil, os investigados fazem parte de uma quadrilha que comandava o tráfico de drogas dentro e fora dos presídios da capital. Foram detidos Thiago Eduardo Gonçalves, 18 anos, João Vinícius, 23, Victor José Alves Bueno, 20, Cleidson de Santana Lopes, 38, Rúlio Santos Cruz, 23, e Rosilene Costa, 38.
O secretário de segurança pública do Estado, Rodney Miranda, que a operação investiga, principalmente, homicídios relacionados ao tráfico. “Além dos homicídios, também a disputa de territórios e disputa de facções. A operação visa solucionar cerca de dez mortes, mas esse número pode ser bem maior. Vamos saber a medida que as investigações se aprofundarem”.
Foram detidos responsáveis por matar rivais da quadrilha na região Noroeste e Central de Goiânia. Segundo o delegado Rômulo Figueiredo de Matos ao todo dez pessoas estão detidas. “Quatro já estavam presas e agora foram detidas outras seis. Todos os presos são membros de uma organização criminosa conhecida nacionalmente, envolvidos em diversas mortes em Goiânia, principalmente nas regiões noroeste e central da capital”, explicou .
A delegada Magda D’ávila, explicou que foram apreendidos vários objetos com os presos. “Apreendemos nas celas um aparelho celular, dois chips, várias anotações referentes ao controle do tráfico de drogas realizado por eles, além de armas brancas”, explica.
As investigações da Operação Cárcere continuam, mas sob sigilo. Foram instaurados outros inquéritos para identificação da estrutura e composição da organização criminosa, bem como responsabilizar os envolvidos pelo tráfico de drogas.
Os delegados Rômulo Figueredo de Matos e Magda D’Avila contaram com o apoio da DIH, o Grupo Tático 3 (GT3), o Grupo de Operações Penitenciárias (GOPE) e a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP).