Investigações

Polícia Civil estoura laboratório ilegal de medicamentos em Inhumas

Rômulo Gonçalves de Morais, segundo a Polícia Civil, manipulava diclofenaco e vendia os comprimidos de forma irregular

A Polícia Civil prendeu em Inhumas o responsável por um laboratório de medicamentos ilegais. Rômulo Gonçalves de Morais, segundo a Polícia Civil, manipulava diclofenaco e vendia os comprimidos de forma irregular.

A prisão do suspeito aconteceu após seis meses de investigações. Conforme as apurações, ele estaria mantendo esse laboratório há pelo menos um ano. No momento da prisão de Rômulo, foram aprendidos aproximadamente 50 mil comprimidos de diclonefano (resodic 50 mg), que o delegado Humberto Teófilo, responsável pelo caso, avalia em cerca de R$ 30 mil.

O delegado relata que, no ano passado, Rômulo já havia sido indiciado por manter uma farmácia onde vendia medicamentos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Nós tínhamos conhecimento do laboratório, que ele fazia manipulações para fazer esses produtos naturais, e então continuamos as investigações, que foi como chegamos à sua residência, onde foram feitas as apreensões”, comenta.

Para manter o esquema ilegal, Rômulo contratou informalmente três funcionários e adquiria os medicamentos no mercado negro. Os remédios então eram reembalados e postos novamente em circulação. Segundo Humberto Teófilo, há indícios de que Rômulo poderia estar utilizando os anti-inflamatórios como produtos naturais, causando prejuízo aos consumidores e a saúde pública.

A Polícia Civil ressalta que a Anvisa proibiu a circulação dos medicamentos comercializados. O laboratório responsável pelo produto, Vitamed, vai ser notificado dos fatos.

Rômulo também responde por trafico de drogas e receptação. Conforme o delegado, os três funcionários encontrados no laboratório não foram autuados. “Nós pegamos depoimentos deles e liberamos. No decorrer das investigações, vamos verificar suas participações no caso”, afirmou.