Polícia Civil fecha fábrica clandestina de massas de pizza e pastel em Goiânia
Mais de uma tonelada de alimentos mofados ou sem controle na fabricação foram apreendidos no local
Uma denúncia anônima, feita no final do ano passado, levou agentes da Delegacia Estadual de Defesa do Consumidor (Decon) a localizar e interditar, nesta terça-feira (8), uma fábrica clandestina de massas de pizza e pastel que funcionava no Setor Santos Dumont, em Goiânia. No local, os policiais apreenderam 1.270 quilos de alimentos impróprios para o consumo, grande parte deles estavam mofados.
De acordo com o delegado Rodrigo Godinho, adjunto da Decon, apesar de possuir um número de CGC, que é a sigla de Cadastro Geral de Contribuintes, a fábrica Big Massas funcionava de maneira totalmente ilegal. “Primeiro que eles não possuíam Alvará da Vigilância Sanitária, até porque nunca foram fiscalizados. Eles também jamais funcionaram em um local determinado, e, em dez anos de existência mudaram quatro vezes, sendo que o endereço que aparece no registro jamais foi ocupado por eles”, relatou.
As irregularidades na fabricação dos produtos, ainda de acordo com o delegado, eram visíveis. “Na área de produção, que deveria ser completamente isolada, tinham carros e motos estacionados, isso sem falar que encontramos insetos, e até pássaros lá dentro. Junto com agentes da Vigilância Sanitária Municipal nós constatamos, também, que a água usada na fabricação das massas vinha da torneira, ou seja, nem filtrada era”, concluiu.
O dono da Big Massas, que não teve o nome divulgado, se apresentou após a operação, foi ouvido na delegacia e liberado, mas responderá por crimes contra as relações de consumo e de publicidade enganosa. Ele também, segundo Rodrigo Godinho, será investigado por sonegação, uma vez que quando algum cliente exigia a nota fiscal, enviava, pelo email, apenas um documento semelhante.
Os produtos apreendidos na fábrica foram levados para o Aterro Sanitário de Goiânia e descartados. O que chamou a atenção da polícia durante a operação foi que meia tonelada dos produtos apreendidos estava no porta-malas do carro do proprietário da empresa e, mesmo com grande parte deles mofados, seriam levados para clientes em Rio Verde, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Trindade, Jataí, e Goiânia.
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