Polícia Civil impõe sigilo a dados de operação que resultou na morte de Lázaro Barbosa
A restrição às informações da operação foi manifestada em resposta a um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) feito por um veículo de comunicação
Dados da operação que culminou na morte de Lázaro Barbosa tiveram imposição de sigilo de cinco anos pela Polícia Civil de Goiás. Valores do custo da operação e efetivo deslocado para atuar nas buscas, por exemplo, foram colocados em caráter “reservado”, por ora.
A restrição às informações da operação foi manifestada em resposta a um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) feito pelo jornal “Correio Braziliense”. A solicitação foi encaminhada às secretarias de Segurança Pública do Distrito Federal e de Goiás. A justificativa apresentada para a restrição à divulgação das informações é de que a exposição dos dados neste momento colocaria em risco a instituição.
O pedido do jornal questionou dados referentes ao valor investido na operação, o tamanho da área monitorada pelas autoridades nas buscas e os custos do combustível usado por viaturas e helicópteros nas buscas, além de informações. Também foram solicitados dados sobre o efetivo de agentes deslocado para atuar no Distrito Federal e arredores.
De acordo com o documento enviado como resposta ao Correio, o delegado-geral adjunto Deusny Silva Filho alegou que a exibição dos dados iria expor os equipamentos de que a instituição dispõe para realizar investigações e operações policiais, bem como a estratégia e os recursos usados. Além disso, argumentou que a informação pode comprometer projetos futuros.
“Outrossim, as informações não se restringem somente ao caso encerrado, mas fazem parte de toda a estrutura pertencente à Polícia Civil, usada em outras circunstâncias, e, também, a projetos que ainda nem foram implementados. A divulgação desses dados vulnerabiliza a instituição em sua função investigativa, pondo em risco a segurança e o sucesso de outras apurações”, diz o documento.
Operação do Caso Lázaro
Lázaro Barbosa permaneceu foragido por 20 dias, se escondendo em regiões de mata, após matar quatro pessoas da mesma família em Ceilândia. Depois de cometer uma série de crimes na região, entre roubos, ameaças e sequestro, ele foi morto em troca de tiros com policiais militares de Goiás.
O procurado foi alvejado por quase 40 tiros. Lázaro chegou a ser encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. Após sua morte, a polícia de Goiás começou a investigar a rede de apoio à ele.
*com informações d’O Globo