Polícia Civil indicia mulher que confessou ter matado as filhas em Edéia
Izadora Alves de Faria deve responder por duplo homicídio qualificado
A Polícia Civil indiciou a mulher que confessou ter matado as duas filhas afogadas e a facadas dentro de casa, em Edéia, no sul de Goiás. Izadora Alves de Faria deve responder por duplo homicídio qualificado. A conclusão do inquérito aconteceu nesta quinta-feira (6). Em depoimento à polícia, a mãe de Izadora disse que ela pediu ajuda para fazer tratamento psiquiátrico antes das mortes, mas não fez.
O advogado Fabrício Póvoa, que fazia a defesa de Izadora, desistiu do caso na segunda-feira (3). Ele optou por não revelar seus motivos, mas enfatizou que sua única atuação no processo foi um pedido de um exame de insanidade mental à Justiça, cujo objetivo é saber se Izadora pode responder criminalmente pela morte das duas filhas.
A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) informou que, a pedido da família, passou a representar legalmente Izadora, a fim de garantir o seu amplo direito à defesa, em virtude da sua hipervulnerabilidade.
Na última semana, a DPE ingressou com pedido de transferência da mulher para o Hospital Psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia. Isso porque, a investigada tentou tirar a própria vida dentro do presídio para onde foi levada após a prisão. O pedido foi acolhido pelo juízo.
Izadora pode responder por duplo homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e serem filhas dela. Se condenada, pode pegar até 100 anos de prisão.
Investigação de mulher suspeita de matar filhas afogadas
De acordo com o delegado Daniel Moura, responsável pelo caso, a mãe de Izadora disse que o casal tinha muitas brigas, mas que a relação com as crianças era tranquila. “Ela não era violenta com as meninas. Ela também já tinha pedido para ser internada, mas a família não internou”, detalhou.
Entrentanto o investigador afirma que Izadora já tinha intenção de matar as filhas há algum tempo, tendo, inclusive tentado comprar uma arma de fogo para cometer o crime. Porém, ela não teve acesso ao revolver e também não soube explicar desde quando e como surgiu esse pensamento.
As vítimas – Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos – foram encontradas mortas pelo pai, no dia 27 de setembro. Conforme a investigação, Izadora envenenou, afogou e depois deu facadas nas meninas.
A mulher foi encontrada em um matagal, horas depois que o crime foi descoberto, com a ajuda de cães farejadores. Segundo o delegado, ela tinha sinais de ferimentos que indicam que ela tentou suicídio.